18/11/10

Histórias do objecto engraçado que envolve a zona anatomicamente necessária para o acto Parte I

Vamos lá a aprender qualquer coisinha que a vida não é só brincadeira...
Se és daquelas pessoas que pensam que usar o preservativo é “fazer amor com papel de rebuçado” e que a que pílula anticoncepcional é pouco prática, é sempre bom conhecer um pouco mais de história. Achas também que história é uma disciplina chata, pois bem…Desafio-te a ler até ao fim este artigo (dividido em 2 partes) e a dares a tua opinião!


Ao que parece, foram os chineses que inventaram algo que pôde ser baptizado como o primeiro preservativo: invólucros de papel de seda untados com óleo. Também se diz que a sua utilização data de 1.600 a.C., pelo rei Minos de Knossos, em Creta, na forma de bexigas-natatórias de peixes.
No entanto, parece também que os egípcios tinham muitas preocupações a esse respeito; alguns túmulos em Karnak rep
resentam um egípcio a usar um artefacto razoavelmente semelhante a um preservativo… Para além disso, parece que também criaram uma pasta feita com estrume de crocodilo e mel. Em seguida, essa pasta era derretida na vagina. Será que funcionava? Bem, de acordo com alguns biólogos, o estrume realmente ajudava a evitar gravidez porque criava um óptimo ambiente alcalino, impróprio para a sobrevivência dos espermatozóides… Para além do cheirete, que punha de lado qualquer desejo…

Agachar e espirrar…
No ano 1 dC, o médico grego, Sorano de Éfeso, recomendou que as mulheres simplesmente se agachassem e espirrassem após o coito para evitar a concepção. O resultado é tão absurdo quanto a ideia. OMG!
Mais tarde, na Idade Média, a contracepção encontrou a alquimia, que lhe reservava toda uma série de poções especiais feitas de misturas assombrosas, como urina de cordeiro, pó de testículos de touro torrados e outras receitas dignas de revoltar o estômago. (urghh..) Mas há pior…

Engravidar? Eu não, uso ânus de lebre!
Durante a Idade Média, os amuletos eram muitas vezes prescritos como métodos contraceptivos. Um destes amuletos era uma espécie de coroa de flores feita de ânus de lebre. É… ânus de lebre! Funcionava? Bem, se usares uma coroa de ânus de lebre, provavelmente não vais ter muitos pretendentes para manter um relacionamento amoroso. Então, nesse caso, é um método contraceptivo extremamente eficaz.


Mas foi a partir de então, com o surgimento e a disseminação de numerosas doenças venéreas como a sífilis, que o homem começou a tentar reduzir os perigos de contaminação das doenças sexualmente transmissíveis (DST). A partir do século XVI, a Europa viu-se inundada por uma série de tratados médicos que recomendavam vários métodos para evitar o nascimento dos filhos. O principal era o uso de uma espécie de luva de linho em redor do pénis, embebida ou não em ervas medicinais para aumentar a eficácia….

Sapos preparados para a “night”….
Mas contrariamente a tudo quanto se escreveu sobre a invenção dos preservativos, parece estar provado que foi o anatomista e cirurgião italiano Gabrielle Fallopio, nascido em Modena, em 1523, o inventor da "bainha de tecido leve, sob medida, para protecção das doenças venéreas".
As observações de Fallopio sobre o uso perfeito para a sua invenção foram, no mínimo, curiosas. Meticuloso e paciente, “vestiu” vários sapos machos com ceroulas de linho impermeável e pesquisou o acasalamento dos batráquios. Constatou que as ceroulas não impediam o coito, mas evitavam a fecundação. Fallopio entrou, assim para a galeria dos grandes benfeitores, com uma invenção tão banal que ultrapassaria os séculos, tornando-se o único método eficaz de prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis e, em especial, a SIDA.

Estás a gostar? Então espera pela Parte II
Publico um dia destes...Beijocas

Sandra Monteiro

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