30/09/11

Aqui não me concentro…

A dificuldade de concentração é invocada muitas vezes pelos alunos… na realidade, há locais onde não é fácil concentrar-nos, embora isso seja essencial na vida do estudante! Então, temos de criar condições que favoreçam a atenção e a concentração, desde logo no local onde estudamos.

Para isso, começa por avaliar o local onde costumas estudar:
É sempre o mesmo local?
Há silêncio enquanto estudas?
Tens espaço suficiente na mesa de estudo?
A mesa não tem objectos distratores?
Tens luz suficiente para estudar, sem forçar a vista?
Quando estudas, costumas ter à mão tudo o que precisas?

Se respondeste não à maioria das questões é natural que não te consigas concentrar, no teu local de estudo! Podes facilitar a tua tarefa, organizando-o de acordo com algumas dicas:
- Ser sempre o mesmo (para evitar novas distracções, todos os dias);
- Ser bem iluminado, ventilado e ter uma temperatura agradável (nem muito frio; nem muito quente);
- Com mobiliário confortável e adaptado ao teu tamanho (que te permita sentar com as costas direitas, apoiadas na cadeira, com as pernas em ângulo recto com o corpo);
- Com espaço para guardar todo o material necessário e organizado (para não perder muito tempo à procura das coisas);
- Sem objectos distratores (TV, telemóvel, pc ligado quando não está a ser utilizado).

Claro que nem sempre é possível ter exactamente o local que gostaríamos… mas podemos preparar o que temos de modo a favorecer, ao máximo, a concentração!

Bom estudo!

Sofia Ferreira
Psicóloga

29/09/11

INSIGNARE coordena equipa de 10 países

Com o objetivo de proporcionar experiências profissinais na Europa aos alunos da EPO e da EHF

Decorreu na passada semana o Seminário de Contacto “Matching labour market supply with labour market demands” em Tallin, capital da Estónia, um dos três países bálticos. Organizado pela Fundação Archimedes – a Agência Nacional (AN) estónia que gere neste país o Programa Aprendizagem ao Longo da Vida –, destinou-se a facilitar a comunicação a instituições interessadas em concorrer ao sub programa Leonardo da Vinci.

Nas palavras dos organizadores e da AN portuguesa, foi um dos Seminários mais concorridos do ano, pelo que não é de admirar os mais de 75 participantes que lotaram uma das salas de congressos do Hotel onde o evento se realizou. Das mais de três dezenas de países que fazem parte deste Programa europeu, cada um tem direito a uma quota fixa de participantes, pelo que as candidaturas nacionais ultrapassaram em muito o número de vagas disponíveis. Estes factos verificaram-se também em Portugal, onde apenas duas organizações foram selecionadas, sendo uma delas a INSIGNARE.

Estes Seminários não se revestem de uma estrutura típica, com palestras e comunicações; ao invés, assentam em (poucas) apresentações sobre a estrutura do Programa e de boas práticas, sendo a principal utilização do tempo em contactos bi e multilaterais, com empresas, associações e escolas participantes. Tal permite um ante-projeto, exibido em público e perante as diversas Agências Nacionais presentes, que comentam e orientam.

Assim, a preparação, em Portugal, assentou em reuniões com os responsáveis pedagógicos, numa ótica de predefinição de quais os temas e parceiros que melhor se adaptariam às necessidades. Posteriormente, com o envio pela organização dos perfis dos participantes, pudemos, desde logo, estudar quais os parceiros mais adequados, poupando-se tempo durante o Seminário.

Porquanto as primeiras horas, de natural constrangimento, tivessem sido utilizadas para conhecer, apesar de superficialmente, as diversas organizações presentes, através dos seus folhetos, bem como provar os pitéus típicos que cada uma levou, entabularam-se as primeiras conversas. Neste âmbito, é de salientar o apoio que nos foi dado pelo Município de Ourém e pela Entidade Regional de Turismo Leiria-Fátima, que forneceram material promocional em inglês. Todavia, o nosso principal “embaixador” foi gastronómico: a ginjinha de Ourém, muito apreciada!

Já no primeiro dia “a doer”, seguindo-se às duas palestras, sobre o Programa e de boas práticas, primeiras apresentações sobre as ideias dos participantes para os projetos que gostaríamos de desenvolver. Terminada esta fase, começaram a juntar-se em grupos de trabalho os temas mais próximos, para unir esforços, debatendo-se intensamente as dimensões mais conceptuais.

A interrupção para almoço foi, também ela, providencial, ao permitir uma visita a uma escola profissional, em Tallin, cujos principais cursos são na área da Hotelaria – Escola de Serviços de Tallin, onde a refeição que nos foi servida foi confecionada e servida por alunos. No final deste dia, o grupo onde a INSIGNARE estava inserida era, de longe, o mais animado e participado – 14 participantes, de 10 países. Fruto da experiência acumulada em projetos similares, a INSIGNARE foi nomeada coordenadora. O único problema que se verificava era a operacionalidade, com tanta gente envolvida…
 
Na manhã seguinte, situação resolvida: ao ouvirem o primeiro esquisso de todos os projetos, na sessão coletiva, diversos membros assumiram que era melhor para todos que preterissem a sua participação neste, em favor de outro que também os interessava. Desta forma, o tempo remanescente foi, com a equipa definitiva, para burilar os principais aspetos da futura candidatura, criando a apresentação final, a qual, na expressão das técnicas das diversas Agências Nacionais, foi a que mais ultrapassou as expetativas, em função do volume de trabalho apresentado: estão já definidas claramente as responsabilidades de cada parceiro, as principais atividades e as datas das mobilidades.

O projeto que será desenvolvido virtualmente durante as próximas semanas, entre todos os parceiros, designa-se “Preparatory Training Package for Students in Tourism Sector For Work Placements Abroad”. Os seus objetivos são: melhorar as competências socioprofissionais dos alunos do ensino profissional; facilitar a integração dos alunos no mercado de trabalho europeu; contribuir para a empregabilidade dos alunos. O produto final será um pacote de formação transversal para uma cuidada preparação pedagógica, linguística e cultural dos estudantes que pretendem obter uma experiência profissional na Europa.
Os países envolvidos são: Chipre; Croácia; Estónia (dois parceiros); Itália (dois parceiros); Lituânia; Noruega; Portugal (Insignare); Reino Unido; Turquia.

O último dia foi passado numa visita de estudo a uma escola profissional - uma das maiores da Estónia, com 1 800 alunos: o Centro de Educação Industrial de Tallin, com cursos nas áreas da Moda, Comércio, Serviços, Mecânica e Mecatrónica. Nos últimos três anos, beneficiou de apoios comunitários (FEDER) no valor de 12.8 milhões de euros, principalmente para construção e equipamento de cinco grandes laboratórios (têm mais, de dimensão mais reduzida) e duas residências para estudantes, integradas no complexo escolar. A terminar a visita, debate animado entre os participantes e a Direção da escola, sobretudo sobre o financiamento no ensino profissional, empregabilidade e educação de competências.

Em conclusão, dias intensos mas muito proveitosos e a expetativa de um projeto muito útil para os nossos alunos.

Sérgio Fernandes
Coordenador de Projetos Internacionais na INSIGNARE

27/09/11

A CENTRALIDADE DE OURÉM (I)


De acordo com o prometido, no mês passado e neste mesmo espaço, continuo a desenvolver uma análise comparativa entre Ourém e os seus concelhos vizinhos, num território abrangido pelo Médio Tejo, Pinhal Litoral e Pinhal Interior Norte. Uma análise sustentada na simplicidade de quem olha os números, não tendo nem formação nem conhecimento, para deles tirar exaustivas e certamente muito mais afinadas leituras. Coloco-me do ponto de vista do leitor, simples e descomprometido, aquilo que verdadeiramente sou. Não nego que o título que mantenho, me orienta na procura, ou talvez não, da afirmação de uma hipotética centralidade de Ourém face ao território, mais ou menos vasto, que a envolve. Quero admitir, certamente para meu maior descanso, que a isso não levarão a mal, sendo eu por antepassados e nascimento um verdadeiro cidadão ouriense (é interessante a forma como soa esta afirmação quando dita por alguém de Fátima). Nesta minha embrionária análise utilizarei apenas três dados, número de empresas, volume de negócios e número de trabalhadores, tendo como base o ano de 2009 e como fonte de informação o portal estatístico de informação empresarial do IRN Expresso (a partir de estatísticas do INE e IEFP). Ourém apresenta 2 808 empresas, 1 125M€ de volume de negócios e 11 768 trabalhadores, dados incomparáveis com a superior dimensão de Leiria que dispõe de 8 887 empresas, 4 170M€ de volume de negócios e 39 792 trabalhadores. Também superior, mas já muito mais próximo, aparece Pombal com 3 529 empresas, 1 231M€ de volume de negócios e 14 229 trabalhadores. Recorrendo aos dados sobre a população aqui apresentados no mês passado, com base nos resultados preliminares dos Censos 2011, é interessante verificar que “Ourém apresenta 45 887 habitantes, incomparavelmente abaixo dos 127 468 de Leiria e também significativamente menor que os 55 183 de Pombal”. É coerente. Mais população significa mais empresas, mais negócios e mais emprego. Podemos assim concluir e em face dos dados referidos que os três mais destacados (não utilizo o termo “importantes” porque admito possa ser mal entendido) concelhos do Médio Tejo, Pinhal Litoral e Pinhal Interior Norte, são Leiria, Pombal e Ourém. Se relativamente a Leiria isso não trás nenhuma novidade, admito que para muita gente os casos de Pombal e Ourém não fossem assim tão óbvios. Outros exemplos, para um melhor esclarecimento. No Médio Tejo e relativamente ao número de empresas, Ourém supera em mais de 1 000 empresas, Tomar (1 830), Abrantes (1 613), Torres Novas (1 581) e Alcanena (1 078). Em termos de volume de negócios, é interessante verificar que Alcanena com 1 546M€ ultrapassa os 1 125M€ de Ourém, que por sua vez fica acima dos 932M€ de Abrantes. Em relação ao número de trabalhadores os 11 768 de Ourém são incomparáveis com Torres Novas (7 538), Tomar (7 463) ou Abrantes (6 260). Se no que se refere ao Pinhal Interior Norte a diferença de dados é de tal modo abissal que não justifica aqui uma análise mais pormenorizada (também por notória escassez de espaço), os dados dos concelhos do Pinhal Litoral aproximam-se significativamente dos de Ourém. Excluindo os já referidos Leiria e Pombal, verificamos que em relação ao número de empresas a Marinha Grande apresenta 2 323, Porto de Mós, 1 539 e Batalha, 1 186. Quanto ao volume de negócios só a Marinha Grande se aproxima significativamente de Ourém com 1 000M€ (Batalha, 557M€; Porto de Mós, 472M€), assim como no que concerne ao número de trabalhadores com 11 108 (Batalha, 7 067; Porto de Mós, 6 266). Não pretendendo transformar esta já monótona listagem em qualquer tipo de competição entre territórios administrativos, não posso deixar de concluir aquilo que desde o início tenho presente no espírito. A dimensão do investimento público em Ourém, nunca considerou a sua valia e dinâmica económica. Mas a este assunto voltaremos.

Francisco Vieira

26/09/11

Línguas – passaporte para o mundo!

Para quem se pergunta para que servem as disciplinas de línguas, deixo aqui hoje, Dia Europeu das Línguas, as mensagens de três ex-alunos que estão/estiveram no estrangeiro e sentem/sentiram a necessidade de dominar línguas estrangeiras. É comum aos três, o sentimento de um enorme enriquecimento pessoal e profissional decorrente da experiência de viver e trabalhar no estrangeiro... leiam vocês mesmos:

Eu estou a viver em França, em Ormesson-sur-Marne, há 3 anos. Quando vim, consegui logo trabalho num restaurante português onde estou a trabalhar na cozinha, não tem a ver com o curso que tirei para ser empregada de mesa, mas como não sabia falar muito bem o francês colocaram-me na cozinha, eu gosto mas tenho saudades de estar em contacto com as pessoas e de falar com elas!
Eu decidi vir para França porque é um país melhor que Portugal, em termos de ordenados, vida e trabalho! Agora, o meu objetivo é sair do restaurante e arriscar a trabalhar com franceses para poder falar corretamente o francês!
Acho que os alunos devem correr atrás dos sonhos deles e não terem medo, porque em Portugal está complicado para poder ter uma vida profissional boa e se não gostarem podem sempre voltar para o país!

Tânia Saraiva
Curso de Restauração, Organização e Controlo (Restaurante/Bar) (2003-2006)


Olá, o meu nome é André Silva e há 4 anos decidi aventurar-me a trabalhar no estrangeiro: estive nos EUA (6 meses), estive em Espanha (6 meses), até que surgiu uma melhor oportunidade, de ir para um país que é bastante famoso na área de hotelaria - a Suíça. Vivo numa vila situada nos Alpes suíços, onde se fala o alemão, trabalho numa unidade de 5* como cozinheiro.
Estou muito satisfeito por me ter aventurado no estrangeiro, fi-lo por dois motivos: primeiro, eu queria ter este desafio, tinha a curiosidade de saber como era trabalhar e viver noutro país diferente do nosso, e por outro lado achei que seria melhor em termos financeiros. O que eu achei mais difícil, foi o choque, de quando deixamos a família, os amigos e toda a nossa rotina, para ir para um novo ``mundo``, uma nova língua, novas gentes, uma maneira de pensar e viver diferentes. Nos primeiros tempos, temos que ser muito fortes e saber estar, ou seja, saber o que somos e lutar por aquilo que queremos. Mas aprende-se muito em termos profissionais e pessoalmente também, é bom termos conhecimento de como são os outros países, isso é muito enriquecedor.
Aquilo que eu posso dizer aos atuais alunos, é que quando estamos a começar a nossa carreira, é importante não estar muito tempo no mesmo sítio; em todos os sítios onde passei, uns melhores outros piores, aprendi sempre alguma coisa. Gostava também de dizer que arrependo de não ter estado mais atento àquilo que me foi ensinado, estejam atentos, levem a sério a aprendizagem, que mais tarde ou mais cedo será útil na vossa vida profissional, e isso será recompensado. Quando saírem da escola, estejam abertos a uma nova etapa na vossa vida, pois trabalhar é muito diferente de estudar. Sejam responsáveis nas vossas vidas!

André Silva
Curso de Cozinha (1997-2000)


Eu vivi cerca de 4 meses em Santander (Espanha - província de Cantabria) e trabalhei num Hotel de 4*. As razões que me levaram a ir para Espanha foram o facto de a língua espanhola ser relativamente fácil de perceber e de falar e a vontade de ver outras formas e métodos de gestão. Foi fácil conseguir um emprego, com uma boa remuneração.
A mensagem que deixo para os alunos da Escola é que se tiverem oportunidade de sair do país, o façam pois faz-nos crescer e definir novos objetivos. Foi uma das melhores experiências que tive e caso surja outra oportunidade, sem dúvida que a irei aproveitar!

Luís Alves
Curso de receção(2005-2008) e curso de gestão hoteleira


Viver e trabalhar no estrangeiro é de facto uma experiência riquíssima e dominar a língua é meio caminho andado!
Vamos lá então aproveitar as aulas de inglês!

Sofia Ferreira
Psicóloga

22/09/11

Bolsa de Emprego INSIGNARE


A promoção da empregabilidade dos alunos que terminam a sua formação na Escola Profissional de Ourém e na Escola Profissional de Hotelaria de Fátima é um dos grandes objectivos da INSIGNARE, entidade proprietária de ambas as escolas. Neste sentido, encontra-se em início de actividade uma Bolsa de Emprego direcionada aos jovens técnicos diplomados por estas duas Escolas. É objetivo fazer um acompanhamento do seu percurso profissional após o término do curso e apoiar na inserção no mercado de trabalho, seja nas situações de primeiro emprego, seja em situações de procura de novo emprego. Para além desta função de apoio à empregabilidade, a Bolsa de Emprego irá disponibilizar outros serviços aos alunos, a saber: - Ajuda na elaboração de currículos para candidatura a empregos; - Ajuda na preparação para entrevistas de emprego; - Promoção e organização de estágios profissionais; - Elaboração de estudos de empregabilidade dos ex-alunos; - Envio de ofertas de emprego para alunos desempregados. Atualmente a Bolsa de Emprego da INSIGNARE está a preparar as bases de dados quer de empresas quer de ex-alunos com vista ao arranque da actividade.

Se és ex-aluno da EPO ou da EHF e precisas de ajuda para encontrar emprego, contacta-nos para o 249 545 721 e para o e-mail gec2@insignare.pt


Se é empregador e necessita de um técnico qualificado numa das várias áreas que estas duas escolas ministram,
não hesite em contactar este novo serviço, através do mesmo número e email indicado.

Consulte as nossas áreas de formação através das páginas:

Escola Profissional de Hotelaria de Fátima: http://www.insignare.pt/70/ehf

Escola Profissional de Ourém: http://www.insignare.pt/69/epo

Unidade de Inserção e Acompanhamento Profissional

20/09/11

Tópicos da intervenção do diretor executivo da Insignare, na Cerimónia de Entrega de Diplomas aos alunos da Escola Profissional de Ourém e Escola de Hotelaria de Fátima

1. Cumprimentar as entidades presentes, os nossos alunos finalistas que hoje recebem os seus diplomas e os seus familiares e amigos. Agradecer a presença de todos neste momento de festa e comemoração deste caminho que connosco trilharam ao longo dos últimos 3 anos.

2. Neste momento de festa e de sentido de dever cumprido, devo realçar o trabalho desenvolvido pelos nossos docentes e colaboradores, a sempre empenhada disponibilidade das empresas e dos seus profissionais e a postura atenta dos pais e encarregados de educação. O sucesso que hoje comemoramos depende naturalmente do esforço pessoal de cada um dos alunos, mas depende também e muito dos factores que acabei de referir.

3. Não devo esquecer o financiamento das entidades públicas, com fundamental referência para a União Europeia e para o Estado Português, que no cumprimento dos seus deveres mais elementares garantiram os meios financeiros para o desenvolvimento das actividades que nos conduziram até este dia. Uma palavra também de apreço para o Município de Ourém que sempre soube ter uma postura atenta em resposta aos nossos pequenos anseios e necessidades. Ao longo destes últimos 21 anos foi sempre um parceiro fundamental e solidário.

4. Ao entregarmos hoje certificados de conclusão, diplomas profissionais, diplomas de mérito e distinções especiais, estamos genericamente a reconhecer a excelência dos percursos escolares de muitos dos nossos alunos, daqueles que demonstraram capacidade de trabalho, empenhamento e espírito de sacrifício para vencer. Para todos aqueles que hoje aqui estão connosco, mas também para aqueles que por razões profissionais não o podem fazer, vai o meu especial agradecimento em nome da Direção da INSIGNARE. Foi para nós, uma honra terem estudado nas nossas escolas.

5. Depois de aqui chegados, abrem-se para todos estes jovens agora diplomados novas opções de futuro. Uns tentarão ingressar no ensino superior, outros, certamente a maioria, integrar o mercado de trabalho, e ainda alguns, as duas coisas em simultâneo. Trabalhar e estudar, ao mesmo tempo. A todos, desejo os maiores sucessos. Sabemos os tempos difíceis que vivemos, mas também conhecemos bem as competências que nestas escolas adquiriram. Acreditamos que apesar de todas as dificuldades conseguirão atingir os vossos melhores objectivos e serão mais uma vez vencedores. Desse modo continuarão a levar longe o nome e a valia da Escola Profissional de Ourém e da Escola de Hotelaria de Fátima. E também isso vos queremos antecipadamente agradecer, porque sabemos que isso será marcante para garantir o nosso futuro.

6. Os tempos difíceis que agora vivem as escolas profissionais só são comparáveis aos seus tempos iniciais. Acredito que agora como há 21 anos atrás, teremos capacidade para vencer e sobreviver. E isto porque aprendemos a viver com menos, obrigando-nos isso a trabalhar mais e melhor. Somos bons naquilo que fazemos, espelhando o sucesso académico e profissional dos nossos alunos a qualidade do nosso tipo de ensino e da nossa estrutura de organização. Somos agressivos, admitimos, mas foi talvez, devido também a isso, que conseguimos chegar até aqui.

7. Mas hoje não é dia de carpir mágoas, nem de olhar com desconfiança o futuro. Hoje é dia de festa. E a festa hoje é vossa. Para todos os alunos que hoje aqui irão receber os seus diplomas, os meus sinceros parabéns e desejos de um grande e fantástico futuro. Muito obrigado a todos pela confiança que depositaram em nós!

Francisco Vieira
Diretor Executivo da Insignare

19/09/11

Cerimónia de Entrega de Diplomas ao Ensino Profissional

No passado dia 16 de setembro a INSIGNARE realizou uma cerimónia de entrega de diplomas aos alunos do Ensino Profissional que terminaram os seus cursos no ano letivo 2010/2011 na Escola Profissional de Ourém e na Escola Profissional de Hotelaria de Fátima.

Numa cerimónia que decorreu no espaço em frente à Escola Profissional de Ourém, juntaram-se cerca de 300 pessoas entre alunos finalistas, professores, amigos e familiares que quiseram estar presentes num momento tão especial das vidas destes jovens: o final de uma etapa.

A cerimónia iniciou com um momento solene. Todos de pé ouviram, pela voz de Rafaela Seipião, aluna da Oureart, o Hino Nacional. Melodia que apela a um sentimento nacionalista e de pertença, sentimento importante nos cidadãos de um país, mas não menos importante na comunidade escolar desta instituição.

A cerimónia de entrega de diplomas prosseguiu assinalando uma campanha dinamizada no último ano letivo e que deu o incentivo necessário a 23 alunos com cursos por terminar para concluírem os módulos pendentes. A campanha chamou-se “Pontos nos I’s” e, dinamizada no âmbito das comemorações dos 20 anos do Ensino Profissional em Ourém, pretendia ser uma oportunidade de desburocratizar o processo de conclusão de curso para alunos que, após o seu triénio de formação, ainda ficavam com módulos em atraso. Em representação destes 23 alunos que ao longo deste último ano letivo foram concluindo os seus cursos, esteve a Catarina Jorge do Curso Técnico de Construção Civil que iniciou em 2003 e que, para além do seu diploma, recebeu ainda uma pequena lembrança da Escola.

O momento seguinte era o mais aguardado. Os alunos finalistas esperavam ansiosamente pelo momento de receber os seus diplomas. Foram 102 os que concluíram os seus cursos, e destes apenas não puderam estar presentes aqueles que por motivos profissionais estavam de todo impedidos.

Os alunos foram sendo chamados por turma e por ordem alfabética, e com muito orgulho ouviam o seu nome e desfilavam até ao palco onde os esperava o Orientador de Turma e um dos convidados presentes para entregar o seu Diploma de conclusão do curso profissional.

Este ano terminaram alunos dos seguintes cursos: da Escola Profissional de Ourém, dos cursos Técnico de Gestão, Técnico de Construção Civil, Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos e do curso Animador Sociocultural; da Escola Profissional de Hotelaria de Fátima dos cursos Técnico de Receção, Técnico de Restaurante-Bar e Técnico de Cozinha-Pastelaria. Estes alunos estão agora aptos a ingressarem no mercado de trabalho contando para tal com a ajuda da Unidade de Acompanhamento e Inserção Profissional da INSIGNARE que com eles tem trabalhado de forma muito próxima na procura e encaminhamento para ofertas de emprego e organização de candidaturas a Estágios Profissionais.

 (finalistas do curso técnico de gestão)
(finalistas do curso técnico de construção civil)
 (finalistas do curso técnico de gestão de equipamentos informáticos)
 (finalistas do curso animador sociocultural)

O Ministério da Educação atribui, anualmente, um Prémio de Mérito no valor de € 500,00 aos alunos com a melhor média curricular de cada escola. Esse prémio foi atribuído na EPO ao aluno Fábio Marques, da turma finalista do Curso Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, que obteve a média curricular de 17,1 valores. Na EHF o mesmo prémio foi atribuído à aluna Ana Rute Pereira, da turma finalista do curso Técnico de Receção, que obteve a média de 16,7 valores.
(Fábio Marques, aluno da EPO que recebeu o prémio de mérito do Ministério da Educação)

Mas também a Escola Profissional de Ourém e a Escola Profissional de Hotelaria de Fátima, ao longo deste último ano, decidiram premiar alunos, não se centrando apenas no seu aproveitamento escolar, mas ainda em outros fatores considerados importantes como comportamentos e atitudes; participação em atividades extra-curriculares; assiduidade e pontualidade; espírito solidário; avaliação e recuperação de módulos. Com base nestes prossupostos, todos os meses os orientadores de turma elegiam o aluno do mês. Nesta cerimónia de entrega de Diplomas, do conjunto de todos os alunos do mês de ambas as escolas, foram anunciados os dois alunos do ano.

Na Escola Profissional de Ourém, o aluno do ano letivo 2010/2011 foi o Dinis Lopes, da turma de Construção Civil, agora no 2.º ano. Na Escola Profissional de Hotelaria de Fátima o aluno do ano foi o Bernardo Fino, aluno finalista da turma de receção.
  
 (Dinis Lopes, ALUNO DO ANO letivo 2010/2011 da Escola Profissional de Ourém)

Inicia-se agora mais um ano letivo. Um ano que trará novos alunos, novos professores, um novo curso, mais finalistas, mais alunos do mês. Um ano letivo longo e trabalhoso… como o são todos na Escola Profissional de Ourém e da Escola Profissional de Hotelaria de Fátima.

A todos os alunos finalistas deseja a INSIGNARE muitas felicidades, na certeza de que esta continuará a ser sempre a vossa casa.




 












O novo ano letivo…

Cá estamos no início do novo ano letivo! Para alguns, é o 1.º de 3 anos que serão um desafio… para outros, é o 2.º ano: a familiaridade com a escola já é total, as expectativas são sobretudo em relação aos novos colegas, às novas matérias e ao primeiro estágio… para outros, é o 3.º ano... o ano de conclusão!… as expectativas são muitas: em relação às matérias, à Prova de Aptidão Profissional (PAP), ao estágio (que este ano vai ser mais longo) e ao futuro profissional/académico…

A todos desejo um excelente ano e garanto que na Escola, todos estamos convosco na luta pelos vossos objetivos!

A propósito, que objetivos são esses? O que te fez vir estudar para a EPO? O que procuras realizar ao longo do teu percurso nesta Escola? O que pretendes alcançar no final do curso? Concerteza, tens objetivos pessoais e escolares/profissionais… é importante que eles estejam bem claros para ti próprio. O primeiro passo para a sua realização só pode ser dado por ti!

Após definires os teus objetivos, precisas de delinear a tua estratégia para os atingir e as ações concretas que vais realizar dia a dia, mês a mês, ano a ano…

A nós, compete-nos promover as condições para que os consigas alcançar e trabalhar em conjunto (contigo, com os teus pais, com empresas e outras instituições) nos desafios que fazem parte do teu percurso na Escola Profissional de Ourém.

Bom ano!

Sofia Ferreira
Psicóloga

02/09/11

A CENTRALIDADE DE OURÉM

Numa recente reunião para recolha de contributos com vista à elaboração de um plano estratégico para o concelho de Ourém, a moderadora manifestou-se surpreendida pela resposta unânime dada pelos empresários presentes. Na opinião destes, Ourém não é só por si uma centralidade, assumindo que esse papel motor é desempenhado por Leiria. A discordante surpresa da moderadora advinha, entre muitas razões sustentáveis, de ter sido a primeira vez neste tipo de trabalho, onde importantes atores locais não assumem as suas vantagens intrínsecas, apontando para um vizinho a responsabilidade pelas dinâmicas do seu próprio desenvolvimento.


Tempos depois e em conversa de amigos, abordou-se o tema da extinção / fusão de municípios, aquilatando a coragem política a que o mesmo obrigará. Se nenhum dos presentes discordava da ideia, o problema surgiu quando se tentou exercitar a eventual medida, pegando em casos concretos. Se muitas das fusões pareciam coerentes e necessárias, outras demonstravam níveis elevados de complexidade. E chegou-se ao caso do concelho de Ourém. Considerando a sua dimensão geográfica, localização e tipologia do território, a população e as suas variações, o esforço de criação de riqueza e emprego que o tem caracterizado e até distinguido, as afinidades sociais e culturais com os concelhos limítrofes e as dinâmicas de interação com os mesmos, concluímos que o concelho de Ourém não encontra ligações coerentes com o território envolvente. De tudo isto parece resultar uma incapacidade para aglutinar concelhos vizinhos e de igual modo uma dimensão e especificidade que impede um movimento de sentido contrário. Porque a dimensão do território, só por si, não me parece ser um dado decisivo para esta análise, apresento alguns dados em termos populacionais, considerando os resultados preliminares dos Censos 2011. Ourém apresenta 45 887 habitantes, incomparavelmente abaixo dos 127 468 de Leiria e também significativamente menor que os 55 183 de Pombal. No entanto e isoladamente, Ourém apresenta mais população que a soma dos concelhos limítrofes de Batalha, Alcanena, Alvaiázere e Ferreira do Zêzere e também muito mais população que Torres Novas (36 837) e Tomar (40 862). Comparando os concelhos do Pinhal Litoral (Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós), os do Médio Tejo (Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha) e os do Pinhal Interior Norte (Alvaiázere, Ansião, Arganil, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Pedrogão Grande, Penela, Tábua e Vila Nova de Poiares), Ourém ocupa a terceira posição em termos da população residente, logo a seguir aos casos já referidos de Leiria e Pombal. Um dado certamente a reter e que admito tenha passado sempre ao lado de muitas das decisões de investimento público feito nos últimos 30 anos. Importa aqui acrescer e porque impossível de desenvolver por naturais limitações de espaço, que o concelho de Ourém foi o que apresentou, no mesmo período, os melhores dados em termos económicos no âmbito do já defunto distrito de Santarém. Mais investimento privado, mais empresas a abrir, menos empresas a fechar, maior criação de emprego, menor número de desempregados. Mas esta análise ficará para um próximo escrito.

Importa agora concluir. Em face do que antes ficou dito, das dúvidas dos empresários, da certeza metódica da moderadora, da dimensão da população e da sua dinâmica económica, não será o concelho de Ourém, só por si, uma importante centralidade nesta mancha territorial que integra o Pinhal Litoral, o Médio Tejo e o Pinhal Interior Norte? Aqui deixo a questão e a ela brevemente voltarei.

Francisco Vieira