08/04/11

Abril....2011

“Com a chegada da primavera iniciou-se a terceira fase de atividade no ano letivo 2010/2011. A ela corresponde o lema Projeto, que sucede a Orgulho, no outono e a Identidade, no inverno, antecedendo o verão e a Vida. Uma forma de organização do planeamento, que de forma discreta vai fazendo passar pequenas mas importantes mensagens. O Projeto da Insignare e das suas Escolas decorre de uma Missão: “Educar e qualificar com exigência e inovação para um mercado de trabalho dinâmico, incutindo e valorizando atitudes pessoais e profissionais”. Esta preocupação que ao longo dos últimos 20 anos nos tem norteado, procura diariamente respostas, inovadoras se possível, ao nível do processo educativo e do relacionamento com as empresas. Este último é uma marca indiscutível do nosso trabalho. Decorrem neste momento as Provas de Aptidão Profissional dos alunos finalistas e muitos têm sido os técnicos e empresários que nos têm dispensado parte do seu precioso tempo. A partir de 2 de maio iniciam-se os Estágios, perseguindo o ambicioso objetivo de colocar nas empresas cerca de 500 alunos. Um momento importante de integração dos alunos no mercado de trabalho, um momento de confirmação da vitalidade do Projeto da Insignare. Para as empresas o nosso agradecimento por esta extraordinária colaboração, para os nossos alunos bom trabalho e boa sorte. Para os finalistas que agora vemos partir para um momento decisivo de construção do seu Projeto de Vida, um até breve e obrigado por tudo aquilo em que nos ajudaram a ser melhores. Os melhores!

Francisco Vieira

(Diretor Executivo da Insignare)

IRS - OBRIGATORIEDADE VIA INTERNET

O governo pretende para o próximo ano que todos os sujeitos passivos, incluindo os reformados, acedam à internet para obterem as suas declarações de rendimentos e entreguem os respectivos impressos de IRS. Deste modo, é necessário que os pensionistas realizem as seguintes tarefas:

· Pedir a senha,

· Reunir todos os documentos,

· Entrar no site,

· Selecionar a ação pretendida,

· Preencher as declarações,

· Guardar a informação,

· Submeter a declaração,

· Consultar a situação declarada 48 horas depois.

Parece fácil para um entendido na matéria, no entanto para um idoso, o processo é complicado de realizar, pois alguns nunca utilizaram um computador.

No sentido de facilitar este procedimento, a EPO auxiliou mais um ano, a população da junta de freguesia de Seiça, principalmente idosa, na preparação e entrega das declarações eletrónicas. Para tal, um grupo de alunos do segundo ano do curso técnico de gestão, acompanhado por um professor, deslocaram-se à respetiva junta para concretizar o protocolo e esclarecer dúvidas junto dos contribuintes, continuando o trabalho em sala de aula. Também na sede da escola, a mesma turma, criou um gabinete de apoio para a população interessada da junta de freguesia de N. Sra da Piedade na entrega das declarações do IRS das categorias A e H, sendo que durante dois dias do mês de março rececionavam as pessoas, recebendo os processos.

Tratou-se, assim, de uma interajuda, pois a população ganha a prestação do serviço e os alunos consolidam conhecimentos e adquirem competências na área.

A escola é de facto um meio de aprendizagem por excelência, mas também um meio favorável para intervenção na comunidade, educando para a cidadania. Por outro lado, o governo sendo um órgão por excelência que deve promover o crescimento da economia e o desenvolvimento a todos os níveis, deve também proteger/cuidar dos cidadãos mais frágeis no desempenho de tarefas subsequentes desse desenvolvimento – o caso da entrega eletrónica das declarações de IRS, pelos idosos reformados.

Colmatar essa fragilidade ou outras será sempre um objectivo social a incluir nas nossas escolas, favorecendo, deste modo, o conhecimento e a melhor compreensão das sociedades actuais, cada vez mais globais, podendo assim contribuir para a formação do cidadão, para a sua inserção no mundo do trabalho e para o exercício responsável de uma cidadania activa – mais do que instruir é fundamental educar! Beatriz Vieira

O ponto de vista do Aluno: Fátima

Fátima, a cidade religiosa mais visitada do país, é como todos sabem apreciada apenas pelas práticas católicas. O objectivo não é mudar esta imagem de marca mas sim acrescentar outras actividades que podem diversificar as diferentes áreas do turismo direccionadas para os diversos mercados-alvo.
Que tal criar a semana da moda ou organizar concertos ou festivais de música? Porque não criar um parque de campismo em Fátima, direccionado para os amantes da natureza, ou consolidar e divulgar os percursos pedestres da Serra d’Aire e Candeeiros? Estas são formas simples de combater a sazonalidade do turismo em Fátima, obrigando à intervenção dos vários intervenientes do turismo da região, entidades públicas e privadas.
Por outro lado, porque não juntar as várias culturas do mundo, e realizar diversos workshops como na área da gastronomia? Um bom exemplo deste tipo de evento foi o Festival de Gastronomia realizado pela Escola de Hotelaria de Fátima intitulado “Cozinhas do Mundo”. Este festival além da sua vertente pedagógica contribuiu também para a diversificação de produtos turísticos na cidade. Este tipo de eventos pode também abranger outras áreas como a dança, a cultura, a pintura/arquitectura, a música e muitas outras.
Sendo uma aluna da Escola de Hotelaria de Fátima, vejo o futuro da região com um enorme potencial não só no turismo religioso como também noutras práticas turísticas, o que possivelmente proporcionaria à cidade e aos seus residentes e visitantes uma diferente forma de ver o turismo, podendo desfrutá-lo todo o ano em todas as vertentes.

Patrícia Gomes (aluna do 3ºano do Curso Técnico de Recepção da EHF)

01/04/11

O que fazer pela minha região?


Procurar respostas para a questão que titula este texto, foi o objectivo de recente reunião organizada pela ADLEI – Associação para o Desenvolvimento de Leiria, que se realizou nas magníficas instalações do MIMO. Dividido em 4 blocos, os contributos analisaram a nossa realidade e procuraram respostas para o que se deve fazer, o que se está a fazer e o que se pode e vai fazer pela região. Investigadores, associações empresariais, entidade regional de turismo, ensino superior, associações autárquicas, deputados, jornalistas e associados da ADLEI, procuraram definir os principais constrangimentos e linhas de potencial desenvolvimento. Independentemente das conclusões que brevemente a ADLEI apresentará, aproveito este oportuno espaço para fazer a minha leitura sobre tudo aquilo que ouvi. Leitura pessoal, como não podia deixar de ser. O maior constrangimento daquilo a que designamos por “região de Leiria” é que ninguém sabe muito bem ao que nos estamos a referir. Poderá lutar-se pela afirmação de uma região que não consegue identificar o seu próprio território? Corresponderá ao distrito? Ao Pinhal Litoral? Ao território da agora designada Entidade Regional de Turismo? Inclui o concelho de Ourém? Tão grave como não saber qual a verdadeira área de abrangência deste território, é ele não ter um núcleo urbano que verdadeiramente o lidere. Que pelo seu peso populacional, económico e político, mas sobretudo pelas dinâmicas que provoca no espaço envolvente, assuma indiscutivelmente o estatuto de líder. Aqui a resposta parece óbvia. É de Leiria que estamos a falar. Mas e em boa verdade, que impactos conseguiu Leiria provocar no território que institucionalmente lidera (o distrito)? E será que algum dos municípios mais próximos, os da Região de Leiria (ou será que devemos dizer da Alta Estremadura), se revê nesta liderança de Leiria? Território totalmente pulverizado por todo o tipo de divisões e em permanente perda de protagonismo e de estruturas públicas de apoio resta-lhe a proposta de um atento participante. Coordenação, Parceria, Liderança. E quem deverá liderar? Uma agência de desenvolvimento, eventualmente decorrente de uma evolução, nesse sentido, da ADLEI. Concordo. Porque não a pluralidade desinteressada de uma associação cívica? Quem melhor (e mais barato) pode reunir a massa crítica existente nos vários domínios e através de um espaço sistemático de reflexão, promover uma fusão de interesses e objectivos que permitam caminhar num único sentido. Um sentido colectivo que resulte de opções globais e não do somatório das pequenas opções municipais. Um verdadeiro rumo que não se perca a copiar modelos existentes e se compare com a vizinhança, mas que assuma padrões internacionais de referência e permita pensar Leiria como uma Região de Excelência. E até aí e a partir daí pensar GRANDE. Acreditar que o Politécnico, pela sua qualidade, tem que ser uma Universidade. Que é urgente instalar na nossa Região o Novo Aeroporto do Centro. Que os municípios devem fundir a sua representatividade associativa regional numa única entidade e que devem intensificar a sua capacidade de cooperação. Que a Região precisa de um Centro de Congressos de nível e dimensão internacional. Que a requalificação da Linha do Oeste é fundamental. Que o problema da poluição suinícola é a maior chaga para a qualidade de vida e imagem da Região. Sobretudo estancar a constante perda de protagonismo institucional e de tudo aquilo que o Estado teima em levar para outros lados. Apostar na nossa maior riqueza, as Empresas, e com elas garantir desenvolvimento e emprego. É possível concretizar tudo isto, basta querermos!


Francisco Vieira

Director Executivo da INSIGNARE