05/03/10

Por outras vias…





È sabido que as causas do insucesso escolar são difíceis de explicar. Estar em situação de insucesso escolar implica uma multiplicidade de e uma enorme variedade de causas cuja localização pode centrar se ao nível do aluno e do seu ambiente restrito, ao nível da sociedade à qual pertence e ao nível da própria escola e do sistema educativo. Em Tudo isto ponderei,..quando recentemente, no âmbito da Disciplina de Geometria descritiva, após insistentes e diversificados modos de abordagem aos conceitos de plano e rectas do plano, constatava que as dúvidas persistiam, teimando em dissiparem-se, mesmo com a tradicional prática de resolução de exercícios modelo.






Neste caso, seria muito fácil associar a não aquisição das competências visadas, a um hipotético défice motivacional. Mas não seria considerar o problema em toda a sua dimensão, pois basta-nos percorrer alguns autores que põem a tónica num ou noutro factor responsável pelo sucesso ou insucesso escolar, para vermos a sua complexidade causal e podendo apenas ser entendido sob uma perspectiva pluridimensional ou plurifactorial, na qual pesam a família, o professor, o aluno, a escola, o meio e as politicas educativas. Perante esta panóplia e não descartando a responsabilidade dos restantes factores, ocorre-me centrar a questão sobre o aluno, recordando alguns ensinamentos dos tempos da profissionalização em serviço. Teóricos como McClelland e Atkinson, afirmam que “há uma necessidade motivadora especificamente humana, que é a realização e que essa motivação no impulsiona para necessidade de alcançar sucesso e níveis altos de excelência, para obter uma satisfação intrínseca proporcionada pelo sucesso em si.” Assumindo esse principio a tarefa consistia em garantir o “sucesso por medida”, a cada aluno. Para Tal foram propostos um vasto leque de desafios, com variados graus de dificuldade e abandonados os métodos de representação bidimensionais utilizados na resolução dos problemas abordados até ao momento. E os resultados, foram a construção de modelos tridimensionais alusivos aos desafios propostos. Que por outras vias, que não a da representação meramente bidimensional. Conseguiram representar planos e rectas do plano, simultaneamente no espaço tridimensional e nos planos de projecção, pelos traços do plano e da recta, em conformidade com as regras de representação do método de Monge, e cujos resultados eu partilho aqui convosco.






Carlos Mendes

Experiência no âmbito da disciplina de Geometria Descritiva, do curso Técnico de Design.



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