7.30 - toca o meu despertador; um pouco mais tarde do que o da colega Margarida Rodrigues provavelmente por estar no epicentro da organização desta louvável iniciativa e ter que tratar de diversas questões logísticas. Chove copiosamente e as nuvens parecem não dar tréguas.
8.00 - sou mais um dos que telefono à "Guida" a confirmar as horas e a perguntar se está tudo OK.
8.30 - estaciono o carro no parque em frente à EPO, com mais lugares disponíveis do que é habitual, mas não deserto, o que é bom presságio. Encontro já uma boa moldura humana, na casa das dezenas de alunos, aos quais se iriam juntar mais até perto das 9.
8.45 - após a distribuição de t-shirts, lanches, luvas e divisão dos grupos tiramos a "foto de família"; em comparação às habituais fotos de equipa, quais convocados para o Mundial da África do Sul, era agradável verificar que o grupo era bem mais generoso, penso que perto da centena.
9.00 - com o São Pedro a abrir novamente as comportas de forma abundante, parto juntamente com o Sr. Director e com os alunos de G07 e G09 para a rotunda perto do Intermarché antigo e do mercado, que será o quartel general daquela "zona de limpeza" onde alguns grupos se iriam distribuir pelo parque linear, margem sul e margem norte da ribeira de Seiça, zona do mercado e Carregal.
9.15 - Iniciamos a operação; metade do grupo fica com o nosso Director na margem norte, eu sigo para a margem sul da ribeira. Palmilhamos ruas, valetas, zonas arborizadas perto da ribeira e mesmo as suas margens. Subimos para a zona do Carregal e continuamos a nossa missão.
12.00 - Ao fim de algumas dezenas de sacos pretos e verdes repletos de lixo e terminados estes "recipientes" plásticos carregamos os mesmos para uma carrinha e encaminhamo-nos para o centro de negócios.
Todos nós quisemos colaborar, ajudar; limpar o Presente e melhorar o Futuro...e o Passado?? não está em causa a importância e nobreza desta acção, mas numa lógica de "as desculpas não se pedem, evitam-se" porque não agir em vez de reagir?? prevenir ao invés de tratar?? mais atenção, mais penalização para os infractores e acima de tudo maior consciência ecológica de todos... Falo agora da minha experiência pessoal; não poucas vezes, o meu carro serve mais do que um meio de transporte, mas sim de um restaurante móvel; no decorrer de viagens para Fátima, Leiria, Coimbra ou Lisboa almoço, lancho ou janto, mas sou incapaz de atirar um pacote de leite, um iogurte líquido, uma lata de coca-cola, uma casca de banana ou um guardanapo abrindo o vidro do carro e..."trás"!! Correndo o risco de ferir susceptibilidades, vocifero com veemência aos condutores que vão à minha frente e atiram beatas de cigarros para a via pública...
Perante as adversidades, teve um sabor especial esta "boa acção" do dia; não ajudamos uma velhinha a atravessar a passadeira, mas ajudamos a LIMPAR PORTUGAL, até porque qualquer dia, com o lixo que se encontra nas ruas, teríamos que carregar a "velhinha" ao colo para atravessar a rua...
Uma última palavra aos alunos do G09 que foram o grupo que acompanhei; optimizaram recursos, não ocorreu GESTÃO de esforço e o balancete foi positivo na medida em que apanhamos muito mais lixo do que aquele que eventualmente deixamos escapar.
Continuação de bom trabalho,
Carlos Gonçalves
8.00 - sou mais um dos que telefono à "Guida" a confirmar as horas e a perguntar se está tudo OK.
8.30 - estaciono o carro no parque em frente à EPO, com mais lugares disponíveis do que é habitual, mas não deserto, o que é bom presságio. Encontro já uma boa moldura humana, na casa das dezenas de alunos, aos quais se iriam juntar mais até perto das 9.
8.45 - após a distribuição de t-shirts, lanches, luvas e divisão dos grupos tiramos a "foto de família"; em comparação às habituais fotos de equipa, quais convocados para o Mundial da África do Sul, era agradável verificar que o grupo era bem mais generoso, penso que perto da centena.
9.00 - com o São Pedro a abrir novamente as comportas de forma abundante, parto juntamente com o Sr. Director e com os alunos de G07 e G09 para a rotunda perto do Intermarché antigo e do mercado, que será o quartel general daquela "zona de limpeza" onde alguns grupos se iriam distribuir pelo parque linear, margem sul e margem norte da ribeira de Seiça, zona do mercado e Carregal.
9.15 - Iniciamos a operação; metade do grupo fica com o nosso Director na margem norte, eu sigo para a margem sul da ribeira. Palmilhamos ruas, valetas, zonas arborizadas perto da ribeira e mesmo as suas margens. Subimos para a zona do Carregal e continuamos a nossa missão.
12.00 - Ao fim de algumas dezenas de sacos pretos e verdes repletos de lixo e terminados estes "recipientes" plásticos carregamos os mesmos para uma carrinha e encaminhamo-nos para o centro de negócios.
Todos nós quisemos colaborar, ajudar; limpar o Presente e melhorar o Futuro...e o Passado?? não está em causa a importância e nobreza desta acção, mas numa lógica de "as desculpas não se pedem, evitam-se" porque não agir em vez de reagir?? prevenir ao invés de tratar?? mais atenção, mais penalização para os infractores e acima de tudo maior consciência ecológica de todos... Falo agora da minha experiência pessoal; não poucas vezes, o meu carro serve mais do que um meio de transporte, mas sim de um restaurante móvel; no decorrer de viagens para Fátima, Leiria, Coimbra ou Lisboa almoço, lancho ou janto, mas sou incapaz de atirar um pacote de leite, um iogurte líquido, uma lata de coca-cola, uma casca de banana ou um guardanapo abrindo o vidro do carro e..."trás"!! Correndo o risco de ferir susceptibilidades, vocifero com veemência aos condutores que vão à minha frente e atiram beatas de cigarros para a via pública...
Perante as adversidades, teve um sabor especial esta "boa acção" do dia; não ajudamos uma velhinha a atravessar a passadeira, mas ajudamos a LIMPAR PORTUGAL, até porque qualquer dia, com o lixo que se encontra nas ruas, teríamos que carregar a "velhinha" ao colo para atravessar a rua...
Uma última palavra aos alunos do G09 que foram o grupo que acompanhei; optimizaram recursos, não ocorreu GESTÃO de esforço e o balancete foi positivo na medida em que apanhamos muito mais lixo do que aquele que eventualmente deixamos escapar.
Continuação de bom trabalho,
Carlos Gonçalves
Bem... não te sabia tão dado à arte da escrita! Gostei muito do teu post no blogue. Mais uma vez, obrigado pela tua pronta colaboração.
ResponderEliminarMargarida Rodrigues
Também gostei muito do texto. É bom saber que os Homens do desporto também sabem escrever umas linhas. Parabéns.... e acho que devias continuar.
ResponderEliminarSofia Albuquerque
Pensei o mesmo quando te li esta manhã, Carlos. Valente relato! A leitura ganha entusiasmo. Só pode ser para continuar.
ResponderEliminarGoztei muito do texto especialmente a parte em que o stor mostra dominar os conceitos técnicos do curso de Gestão.
ResponderEliminarAdorei a forma como expôs por palavras, um momento tão único, tão bom, tão nosso :)
Aluna do G08
Que preconceito... "É bom saber que os Homens do desporto também sabem escrever umas linhas".. Como Licenciado em Ciencias do Desporto, sinto-me ofendido, visto que sou da mesma casta que o meu ilustre amigo Carlos Gonçalves.. Deduzo que seja professora de alguma cadeira teórica e nem por isso eu faço a associação rápida entre a sua profissão (muito trabalho sentado) e vários factores de risco como um perimetro da cintura superior a 80 cm (risco de complicações metabólicas cm diabetes ou hipertensão), sedentarismo ou uma composição corporal mais endomorfa.
ResponderEliminarEspero ter contribuído, nao só para LIMPAR Portugal mas sim para LIMPAR a imagem da classe;)
Despeço-me com amizade... ate pq vou ler CHOCÓLICO de Tina Grube, porque os "homens do desporto", além de "ABOLA" e o "RECORD", ainda passam os olhos por outras coisas;)
PS: Estimada Sofia Albuquerque, obviamente que estou a brincar/espicaçar... Continuação de bom trabalho e que o sucesso esteja de maos dadas com o excelentissimo corpo docente, agr engrandecido por um "HOMEM DO DESPORTO" que sabe escrever umas linhas... que em tempos distantes me deram muito jeito para estudar;)
Caro Anónimo
ResponderEliminarNão tenho qualquer tipo de preconceito contra os homens do desporto, até porque sou casada com um.
Mas a menos que o caríssimo Anónimo viva num mundo diferente do meu (melhor suponho) os preconceitos existem e a prova disso está nas linhas que escreveu (também sabe escrever algumas)quer na dedução rápida (e errada) que fez quanto à minha profissão quer devido à associação que referiu relativamente a essa mesma profissão.
Apenas tentei fazer cair esse preconceito... PORQUE SEI QUE SABER ESCREVER NÃO É MONOPÓLIO DAS PESSOAS DE LETRAS... Ui... há tantas que escrevem tão mal.
Folgo em saber (apesar de achar que não tem que me provar nada)que lê outras coisas que não apenas jornais desportivos. Também não me parece que venha algum mal ao mundo se os ler (outro preconceito?).. eu gosto de os ler ;)
PS: Estimado Anónimo, obviamente estou só brincar/espicaçar.. e numa coisa estaremos de acordo: O corpo docente desta Escola está engrandecido com a presença do Carlos, assim como já estava com a presença do Bruno (um outro homem do desporto que para além de saber escrever também sabe tocar uns acordes)e com a presença de tantos outros profissionais com quem tenho o prazer de trabalhar.
Sofia Albuquerque (não anónima)
Ó Sofia, isto aqui é sempre a apontar à baliza e a meter golos!
ResponderEliminarOs preconceitos existem, sim! Porque há "grandes desportistas" que dão azo ao preconceito. Quando abrem a boca - e acredito que são raros os que pegam num livro ou numa caneta - é calinada atrás de calinada, demonstrando uma ignorância profunda da sua língua materna. O que é, no mínimo, vergonhoso. Sendo figuras públicas e funcionando como modelos para os nossos jovens, que imagem lhes transmitem?! É aflitivo ouvir os alunos argumentarem que o CR7 ganha uma pipa de massa e não precisou dos estudos para nada!