19/12/10

Ninguém gosta de mim….

A auto-estima no sucesso das relações afectivas tem bastante importância e a sensação de não ser merecedor de amor e estar condenado ao sofrimento é por vezes a razão para más escolhas afectivas.

As pessoas que sentem uma sensação íntima de valorização pessoal, de auto-respeito parecem ter melhores condições de avaliar os outros e escolher adequadamente os seus parceiros amorosos. Mostram-se mais seguras, confiantes, respeitam-se e inspiram respeito nos outros. São conscientes do seu valor, de terem algo oferecer, de serem merecedoras de um (a) companheiro (a) ideal e não meramente de alguém que lhes vai suprir as carências. Escolhem por opção e não por falta de alguém.

Do outro lado, estão as autênticas “neuroses a dois”. A baixa auto-estima provoca um vazio emocional onde o outro passa a ser visto como fonte de aprovação ou desaprovação. A pessoa com baixa auto-estima procura quem não a rejeite e não quem a satisfaça. Daí passa a “representar” para corresponder à expectativa que acha que o outro tem a seu respeito. ”Escolho sempre a pessoa errada”. ”As minhas relações são complicadas”, são queixas comuns da falta das pessoas com baixa auto-estima.


Quem não se sente capaz de ser amado, não acredita que alguém possa amá-lo. Precisa de demonstrações contínuas, de “provas” constantes de amor, pois encontra-se sempre à espera da rejeição. No fundo, rejeita-se. Esta insegurança leva à pressão, à necessidade da constante verificação deste amor, à exigência de provas de afecto contínuas e o outro poderá sentir-se sufocado a relação torna-se intolerável.
A necessidade de saber-se amado - baseada muito mais na baixa autoconfiança que na situação em si - faz com que a relação se torne de domínio ou submissão. De uma forma involuntária, a relação afectiva acaba por desgastar-se, gerando sofrimento e possivelmente, mais um relacionamento desfeito, reforçando a sua crença de incapacidade.

O medo do sofrimento pode fazer com que as pessoas façam escolhas, muitas vezes, inviáveis, que de alguma forma levarão ao abandono, ou passam, aparentemente sem qualquer tipo de explicação, a rejeitar para não serem rejeitadas.

É preciso começar a amar-se e a aceitar-se
Identificar as qualidades e não apenas os defeitos
Manter-se em forma física (gostar da imagem reflectida no espelho)
Aprender com a experiência passada;
Tratar-se com amor e carinho;
Ouvir a intuição (ajuda a auto-estima)
Manter o diálogo interno e aprender a conhecer-se;
Acreditar que mereces ser amado (a) e és especial
Fazer todos os dias algo que o (a) deixe feliz. Qualquer coisa mesmo que simples como dançar, ler, descansar, ouvir música, caminhar, ir ao cinema, jantar com amigos. E ainda mais:

Mas, que sei eu? Só passei por aqui para te deixar um beijo!
Sandra Monteiro

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