23/02/12

A GESTÃO DA CRISE

Crise, indica uma fase de desordem no desenvolvimento normal de um sistema. Podemos identificar três componentes chave neste conceito: a ameaça, a incerteza e a urgência. Sempre que uma situação de crise ocorre numa empresa, resultante de falhas diretas ou indiretas, a sua imagem é colocada em causa. Isto obriga a ações acertadas e atempadas.

Constatamos no entanto que existem empresas (poucas) que, apesar de estarem munidas com planos de crise, não conseguem implementá-los na sua totalidade, ou seja, só uma pequena parte da organização tem conhecimento de como agir perante uma situação de crise. Isto pode levar a uma ineficaz gestão da crise. Em situações de crise é necessário atualizar todos os procedimentos da organização, assumir a situação e os erros que se cometeram. Não podemos esquecer que os rumores neste tipo de situações proliferam rapidamente.

Para que as coisas funcionem deve haver um alinhamento perfeito entre a equipa e o diretor, presidente ou administrador, porque quando tudo está quase perdido não há tempo para discutir as opções táticas de especialistas. Por outro lado, a gestão da crise tem um elevado custo pois envolve um elevado nível de stress porque a reputação da empresa ou instituição pode fazer vítimas entre todos.

A questão parece simples, parece que tudo se resume a comunicação e liderança, mas em tempos difíceis os bons líderes escasseiam e outros não sabem comunicar. Uma equipa fortemente motivada, coesa e orientada pode erguer o barco e fazê-lo avançar mesmo que seja contra maré, veja-se o caso nacional, e passo a publicidade, da empresa Sicasal. Tem mérito a gestão de topo, têm mérito os colaboradores e toda a opinião pública que assistiu, sobre as cinzas daquela crise, a manifestações de identidade, responsabilidade e até de afeto necessárias, mas muitas vezes esquecidas no mundo empresarial.

Ana Pinho
Docente

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