29/11/11

76º aniversário da morte de Fernando Pessoa

A 30 de novembro de 2011... 76 anos após a morte de Fernando Pessoa.
Há tão poucos dias... O fado é Património Imaterial da Humanidade.

"Fado Pessoa"



"Podemos morrer se apenas amámos", Bernardo Soares in Livro do Desassossego

Fátima Lucas

25/11/11

O setor da construção no contexto atual

Atualmente muito se tem falado da crise, no contexto nacional e no panorama internacional. O setor da construção em particular, não está imune a este desígnio e parece-me evidente que pouco voltará a ser como antes dado que há muito tempo que esta crise era evidente e previsível para o setor.

Após o fim dos quadros comunitários de apoio, muitas das atuais tipologias de obras públicas tendem a abrandar. Por outro lado, esta dinâmica tende a arrefecer pelo fato de muitas das necessidades estarem colmatadas.

O mercado da habitação nova está saturado, e como fator agravante temos a dificuldade de acesso ao crédito que havia outrora.

Porém, a conjuntura económica em que vivemos não pode deixar de ser um motivo para repensar a nossa atitude perante a atividade.

A revitalização do setor passará por saber identificar antecipadamente quais os desafios futuros, que a meu ver passam inevitavelmente pela reabilitação urbana e arquitetónica, como uma das saídas possíveis para a crise neste setor. A reabilitação deve ainda assentar na melhoria e sustentabilidade do ambiente construído e da sua manutenção periódica.

Em Portugal esta é uma área com forte potencial, quer ao nível dos centros tradicionais quer no âmbito da desfiguração das periferias urbanas, se tomarmos como exemplo outros países da união europeia. Todos sabemos que face à nossa realidade territorial e geográfica, este parece ser realmente o caminho para estancar o crescimento desmedido, e desajustado face às reais necessidades do país.

O excesso de construção de raiz, resultante de uma economia assente na especulação, numa legislação do arrendamento perfeitamente obsoleta, e num planeamento deficiente por parte da administração pública, cujo financiamento depende em grande parte de taxas afetas à construção, levou a uma desertificação crescente dos centros urbanos em favor de um crescimento periférico desordenado e de má qualidade. Nos últimos 50 anos cometeram-se erros que levaram à destruição de parte substancial da nossa paisagem. Esta realidade, tem efeitos socioeconómicos e ambientais negativos, com elevados custos para o país e contribui para delapidar um recurso importantíssimo como é o caso do turismo.

Nos últimos anos, alguns passos foram dados no sentido de minimizar estes efeitos, designadamente a alteração do quadro legal da edificação, da qual resulta uma maior exigência ao nível do comportamento térmico dos edifícios, e da redução dos gastos energéticos com metas traçadas pela União Europeia que apontam para 15 ou 20 anos. Estas medidas revestem-se de uma enorme importância para a redução do impacte ambiental da construção, e aplicam-se não só na construção nova como também na reabilitação.

Penso que as empresas do setor deverão entender estas mudanças como uma oportunidade, e não como uma ameaça. As empresas devem, de forma consciente, entender esta responsabilidade como coletiva, investir na investigação e desenvolvimento com vista à inovação e estar atentas às novas tendências.

Apesar de uma crescente sensibilização neste sentido, muito há ainda por fazer, e o abrandamento do setor da construção, não significa necessariamente uma paragem. Há, na minha opinião, espaço para trabalhar e investir nesta área. A inovação não passa apenas por alterar produtos, implica modificar técnicas, métodos de produção e execução.

Para além da reconhecida importância na economia, o setor da construção tem evoluído positivamente nos últimos anos, estando cada vez mais habilitado tecnicamente, ou seja mais apto a responder aos diferentes desafios que tem por diante, incluindo os internacionais.

A título de exemplo, passo a referir a construção pelo sistema pré-fabricado, que assume uma grande percentagem da construção em países mais desenvolvidos, e praticamente não tem expressão em Portugal. A pré-fabricação, contrariando o estigma instalado associado à má qualidade e a obras de carácter temporário, poderá, para além de um conjunto de vantagens em termos económicos e ambientais, ter muita qualidade. Esta metodologia de construção permite uma redução do tempo em obra, redução de custos, redução do impacto ambiental, e maior controlo de qualidade de produção, com consequências directas no resultado final da obra.
Neste sentido, e atentos às necessidades cada vez maiores de uma construção bioclimática, mais "verde" e amiga do ambiente, a Vigobloco a par com a Filipe Saraiva – Arquitectos, têm investido no desenvolvimento deste processo, destinado a vários usos, com especial destaque no uso habitacional, armazéns e naves industriais. Trata-se de uma metodologia construtiva que utiliza elementos pré-fabricados em betão, com elevada performance, em termos de compartimento térmico e acústico, resistência mecânica e estanquicidade.

A utilização deste tipo de elementos pré-fabricados, resulta numa maior eficiência energética, dos edifícios na medida em que reduz os gastos energéticos de climatização. Por outro lado, e dado que estes elementos são fabricados em unidade industrial, e sujeitos a um rigoroso controlo de qualidade, o impacto de obra e instalação de estaleiro é praticamente inexistente, o que reduz claramente o impacto ambiental.

Como alguém dizia, já não estamos perante uma crise, mas sim perante uma nova realidade. Ora, de acordo com este princípio, talvez tenhamos que mudar de paradigma no que diz respeito às atividades inerentes ao setor, e adotarmos, todos os intervenientes uma atitude pró-ativa e atenta às novas realidades.

Para tal, é forçosa uma maior capacidade e habilitação técnica, uma seletividade e racionalização do investimento, mais clareza da legislação e melhor resposta das entidades licenciadoras.

Filipe Saraiva
Arquiteto

23/11/11

Participação da E.P.O. na XX Corrida Comemorativa do Dia do Não Fumador

Realizou-se na passada sexta feira, dia 18 de Novembro de 2011, pelas 10h, em Ourém, a XX.ª edição da Corrida Comemorativa do Dia do Não Fumador.

Esta iniciativa ocorre anualmente, e é organizada pela Escola Secundária de Ourém. Estão convidados a participar todas as escolas dos 2º e 3º Ciclos, Secundárias e Profissionais do concelho de Ourém.

A Escola de Profissional de Ourém esteve presente com 15 alunos de diversas turmas e diversos cursos, dos 1º, 2º e 3ºanos.





Os alunos participaram na corrida do escalão D, percorrendo um percurso de 3,5 km pelas ruas de Ourém.








Destacaram-se os alunos Pedro Serra e Samuel Silva, respetivamente 3.º e 4.º lugares no escalão D masculino.










Seguem-se os resultados de todos os alunos da EPO que participaram nesta iniciativa:








Grupo de alunos da EPO que participaram no evento.








"Família" Insignare - alunos e docentes de Educação Física da Escola Profissional de Ourém e Escola de Hotelaria de Fátima.






Bruno Batista e Carlos Gonçalves
Docentes de Educação Física da EPO



Após o curso, quero ir para o estrangeiro… como faço?

Os alunos do 3.º ano estão na reta final do curso, prestes a entrar no mercado de trabalho que não pode atualmente ser restringido ao território nacional… Foi, por isso, promovida uma aula.com a conselheira Eures Catarina Carvão, em colaboração com os professores da Área de Integração, da EPO e da EHF, para todas as turmas do 3.º ano. Apresentam-se aqui algumas informações (transmitidas nas sessões) interessantes e importantes para quem pondera a possibilidade de vir a trabalhar no estrangeiro.

Esta é, de facto, uma boa possibilidade a ponderar, sobretudo para quem está no início da sua vida profissional. E desengane-se quem pensa que há poucos empregos disponíveis, a 21.11.2011 (data da última atualização no portal EURES (1)) existiam 1 217 035 ofertas de emprego na Europa. Além disso, esta é uma boa opção para um profissional português! Porquê? Porque parece que os trabalhadores portugueses são muito bem vistos pelos empregadores estrangeiros, uma vez que, na generalidade: são simpáticos; trabalham bem em equipa, são flexíveis e criativos e têm boa capacidade de adaptação! No entanto, ir trabalhar para o estrangeiro não é, obviamente, uma decisão que se tome de ânimo leve, muitas são as questões que se colocam (entre outras): Que país escolho? Que línguas falo? A minha formação será reconhecida? Posso levar o meu automóvel?

É pois conveniente preparar muito bem o projeto de mudança de trabalho/país/vida, para isso aconselha-se:
- Verificar com antecedência a situação no mercado de trabalho e informar-se sobre condições de vida e trabalho do país/região de destino, através da Internet (Portal EURES) ou da consulta de jornais;
- Assegurar-se de que tem conhecimentos de línguas adequados ao exercício da atividade profissional e, em caso de necessidade, melhorá-los atempadamente;
- Contactar a Segurança Social para obter mais informações sobre o sistema de proteção social do país onde vai exercer atividade;- Contactar o PNRQ (IEFP, I.P.) (2) ou o NARIC (3), na Direção-Geral do Ensino Superior, para informações sobre o reconhecimento das suas qualificações e competências no país de destino.

Numa fase posterior, é imprescindível verificar se:
- Tem documento de identificação válido;
- Tem cópia do contrato de trabalho ou documento que confirme condições oferecidas, e se as percebe na íntegra;
- Tem documentos que atestam a experiência, formação e certificação profissional;
- Conhece o método e frequência de pagamento do salário;
- Consegue alojamento na zona onde vai trabalhar;- Tem o Cartão Europeu de Seguro de Doença (obtido na Segurança Social);
- Tem dinheiro suficiente para ficar no país até receber o 1º salário, ou para regressar a Portugal se necessitar.

Em todo este processo é possível obter ajuda de entidades e serviços como a rede EURES que está presente em 31 países da Europa. Os conselheiros EURES (4) facilitam o acesso a informação sobre ofertas e pedidos de emprego e estratégias mais adequadas para o conseguir, informam sobre a legislação social, laboral e fiscal e sobre as condições de vida e de trabalho (informação também disponível no portal).

Antigos alunos da EHF já se lançaram nesta aventura e partilharam connosco a sua experiência de vida no estrangeiro:
http://ehfatima.blogspot.com/2011/09/linguas-passaporte-para-o-mundo.html.

(1)
www.eures.europa.eu
(2)
http://portal.iefp.pt/pnrq/index.html
(3) www.enic-naric.net
(4) www.iefp.pt/eures

Sofia Ferreira
Psicóloga

22/11/11

“Quem conta um conto acrescenta um ponto.”


A atividade proposta tem como principal objetivo dinamizar a leitura de obras literárias. Premiar os alunos com pontos que se possam converter em valores (a somar a um qualquer módulo à disciplina de Português) é a “recompensa” que se pretende associar a esta atividade e assim estimular a leitura.


Regulamento:
O aluno lê um qualquer livro à sua escolha (naturalmente poderá aceitar sugestões das professoras).
Mediante a leitura da obra o aluno poderá obter pontos através de 4 possíveis atividades (podendo desenvolver uma, duas, três, as quatro, como entender).


As atividades serão:
- Contar a história que leu à turma (exercício de oralidade), podendo obter um máximo de 20 pontos;
- Responder a um questionário elaborado pela professora (exercício de interpretação e escrita), podendo obter um máximo de 20 pontos;
- Fazer um comentário/recensão crítica em relação à obra lida (exercício de escrita/opinião), podendo obter um máximo de 30 pontos;
- “E depois da estória?” Desafia-se o aluno a dar uma continuidade à estória que leu (exercício de escrita criativa) podendo obter um máximo de 30 pontos.


Quando o aluno alcançar 100 pontos, que vai somando com as obras lidas e as respetivas atividades, pode convertê-los em 1 valor que poderá somar a um módulo da disciplina de Português.



Fátima Lucas e Isabel Marques

Os jovens, os pais e as drogas

O consumo nocivo de substâncias/drogas é um assunto que faz parte do nosso quotidiano e portanto não se pode ignorar… no entanto, para grande parte dos pais/encarregados de educação é certamente um assunto difícil de abordar com os filhos e para o poder fazer é necessário obter o conhecimento e a confiança necessários. Foi por essa razão que a INSIGNARE promoveu uma palestra sobre o tema dirigida a pais/encarregados de educação, no dia 18 de novembro, no auditório da EPO.



Os oradores convidados, a Dr. ª Joana Neves (psicóloga/terapeuta de aconselhamento na Comunidade Vida e Paz que promove o tratamento e reinserção social de toxicodependentes) e o Pedro (um adulto em recuperação) partilharam os seus conhecimentos e experiência neste domínio. Os participantes – pais/encarregados de educação e professores da EPO e da EHF – obtiveram assim mais conhecimento e melhor compreensão deste assunto, que se poderá refletir nas suas práticas educativas, na forma de agir com os filhos/alunos, tendo em vista a prevenção e/ou resolução de situações que possam já ser problemáticas.



A Dr.ª Joana Neves iniciou a palestra com uma breve abordagem das substâncias mais comuns e dos tipos de consumos possíveis que vão desde a experimentação, pontual, à dependência física e psicológica. E ninguém pode prever que tipo de consumo pode manter, pois há pessoas com maior predisposição genética para desenvolver a doença da dependência do que outras. Importa pois saber o que contribui para o surgimento de situações de dependência, sabendo desde logo que há vários fatores implicados. De facto, não consome drogas, só quem tem problemas familiares evidentes ou outros (como é comum pensar-se), há também outras razões, como: a curiosidade; o desejo de testar os limites e quebrar as regras; o desejo de afirmação; a pressão dos pares; a informação incorrecta ou a ausência de informação; o fácil acesso e a existência de um ambiente propício à experimentação.



As interações pais-filhos são muito importantes no desenvolvimento e podem ser um fator de risco ou de proteção face ao consumo. Deste modo, as atitudes desejáveis são aquelas em que há sensibilidade aos sentimentos dos filhos, em que eles se sentem ouvidos e aceites, pois assim tornam-se pessoas com confiança em si mesmas, pessoas que conhecem as suas competências mas também as suas limitações. É ainda muito importante a existência de um ambiente de lazer estruturado, com prática de actividades extracurriculares, socioculturais ou desportivas, por exemplo, em que o jovem aprende a relacionar-se com os outros e a criar laços.

A abordagem do assunto, em casa, deve ser promovida mas com alguns cuidados: evitando visões extremistas e juízos de valor ou preconceitos; encorajando a discussão de forma casual e descontraída; tolerando a diferença de opiniões; sendo honesto acerca do nível de conhecimentos que se possui e procurando em conjunto outras informações, se necessário; mostrando disponibilidade (quer no tempo, quer na atitude) para responder às questões; respeitando a privacidade dos filhos e não divulgando nunca informações confidenciais por eles partilhadas.

É também aconselhável aos pais de adolescentes/jovens estarem atentos a alguns sinais: instabilidade emocional (mudanças frequentes e bruscas de momentos de grande passividade ou agressividade); isolamento e secretismo; desinteresse e desmotivação; faltas ou atrasos frequentes à escola/trabalho; desaparecimento de objetos e posse de objetos estranhos (comprimidos, colheres, mortalhas). Se se reconhecer apenas um ou dois destes sinais, tal pode dever-se a outras razões; se houver vários, convém ficar mais atento e se todos estiverem presentes é revelador de um problema de consumo de droga. Neste caso, é fundamental não dramatizar, não ameaçar, mostrar objetivamente que houve uma mudança de comportamento e não é apenas uma desconfiança, falar abertamente, sem acusações ou culpas e procurar ajuda.

Por fim, tivemos oportunidade de ouvir o testemunho do Pedro, um toxicodependente que neste momento está a tratar a dependência psicológica, o que implica, nas suas palavras “não uma mudança do meio à minha volta mas de mim, do modo como eu vejo o mundo, da minha maneira de sentir e de me relacionar com os outros.”

Sofia Ferreira
Psicóloga

21/11/11

A CENTRALIDADE DE OURÉM (III)

Termino hoje este solitário exercício. Releio os textos anteriores e relembro os dados que fui comparando. População, número de empresas, volume de negócios, número de trabalhadores, número de estabelecimentos hoteleiros, camas instaladas e dormidas vendidas. Abordei os territórios que compreendem o Pinhal Interior Norte, Pinhal Litoral e Médio Tejo. Conclui que considerando as áreas antes enunciadas, o concelho de Ourém ocupa uma terceira posição em matéria de população e actividade económica e uma posição cimeira no que ao turismo diz respeito. Admiti que algumas destas conclusões não fossem assim tão óbvias para a generalidade dos leitores, perspectivando alguma injustiça numa equilibrada distribuição do investimento público. Não sendo essa a motivação inicial, tentei encontrar dados, sistematizados, que me permitissem confirmar esse desequilíbrio. Em boa verdade, não os consegui encontrar e aqueles a que tive acesso respeitam o peso dos dados anteriormente referidos. Não quero com isto dizer que não sinta ou pressinta, que nesta matéria existiram dois pesos e duas medidas. Basta olhar para a área da saúde e confirmar quanto foi esquecido o concelho de Ourém. Tendo mais população e criando mais riqueza e emprego que Tomar, Torres Novas e Abrantes não possui nenhum hospital a exemplo do que se verifica nestes concelhos. Ou até como Pombal que podendo ser equilibradamente comparado com Ourém, possui esse tipo de fundamental infra-estrutura. Que critérios presidiram a estas decisões? Num tempo em que se fala na necessária redução de custos na área da saúde, defende Ourém que o seu Centro de Saúde não passe a encerrar no período nocturno e procura meios, que parecem não existir, para a aquisição de ambulâncias que garantam cuidados adequados no transporte dos seus munícipes. Defende-se a autorização que permita aos ourienses serem preferencialmente transportados para o Hospital de Leiria, em detrimento de longas e incompreensíveis deslocações para Tomar ou Abrantes. Nesta matéria parece-me que continuamos a falar muito baixo, não conseguindo fazer ouvir a dimensão da injustiça e a nossa indignação. Admito que tal se ficou a dever à nossa incapacidade reivindicativa, à força dos nossos líderes políticos, à inexistência de um sentido colectivo, ao posicionamento territorial onde nos inserimos.

Ao procurar encontrar e afirmar uma centralidade para Ourém, reconheço que o posicionamento de charneira que nos caracteriza e que por vezes nos faz parecer uma desvairada bola de pingue-pongue, saltitando entre entidades, de raiz e objectivos iguais, a Norte e a Sul, nos tem fortemente prejudicado. Considero de um bacoco provincianismo, aqueles que ao longo de anos defenderam esta postura de esperteza saloia. Sempre acreditei na dimensão aglutinadora de Leiria nas dinâmicas deste território, mas muito pouco vi fazer a Leiria para afirmar a sua incontestada liderança. E é essa incapacidade, que me parece querer manter-se, que deverá levar Ourém a procurar o seu próprio espaço, a sua dimensão de centralidade. Aguardo com expectativa trabalho encomendado pelo Município de Ourém que abordará certamente esta matéria. Talvez que uma visão exterior nos permita ver aquilo que continuadamente temos ignorado. Resta-me essa esperança.

Francisco Vieira
Presidente da direção da ACISO

19/11/11

CORFEBOL

Dou a conhecer um desporto coletivo bastante interessante, o Corfebol, praticado nas aulas de Educação Física, inserido no âmbito dos módulos 1, 2 e 3, respetivamente Jogos Desportivos Coletivos I, II e III.
Segue-se uma breve descrição desta modalidade e um resumo das principais regras, segundo a Federação Portuguesa de Corfebol.


1. História e Definição
O Corfebol surgiu na Holanda em 1902, inventado por Nico Broekhuyesen , inspirado num jogo sueco denominado Ringball.
Corfebol (do holândes korfbal) é um desporto coletivo praticado principalmente na Holanda e na Bélgica. Ele difere de outros desportos similares porque é praticado por equipas mistas, formado por uma equipa composta por quatro homens e quatro mulheres.
O Corfebol é um desporto jogado à mão, num campo retangular, no qual uma equipa de quatro homens e quatro mulheres tenta lançar uma bola para dentro um cesto. As principais caraterísticas deste desporto incluem todo o tipo de aptidões, jogo cooperativo, contato físico controlado e igualdade de sexos.

2. Terreno de jogo
As dimensões do terreno de jogo são de 40 x 20 m. O terreno de jogo está dividido em 2 zonas iguais por uma linha paralela à linha de fundo (sentido da largura).
As marcas de penalidade devem ser marcadas à frente do poste no eixo longitudinal e no sentido do centro do campo. A extremidade da marca mais afastada deve estar a 2.50 m do poste.


Imagem 1 – campo de Corfebol.
Imagem 2 – locais de marcação de um livre e de uma penalidade.



A área sombreada (amarelo) mostra a zona onde nenhum jogador pode estar durante a marcação de um livre, à excepção do marcador, que deve ter um pé em cima da marca de penalidade. A área sombreada (azul) mostra a zona onde nenhum jogador pode estar durante a marcação de uma penalidade, à exceção do marcador, que deve estar imediatamente atrás da marca de penalidade.

3. Postes
Os postes, com um diâmetro externo entre 4.5 e 8 cm, são fixados perpendicularmente no chão do terreno de jogo. Os postes são colocados em cada uma das zonas, num ponto a igual distância das duas linhas laterais e a uma distância da linha final igual a 1/6 do comprimento total do campo.

4. Cestos
Um cesto é fixado a cada poste. O cesto deve estar orientado no sentido do centro do campo e todo o seu bordo superior deve estar a uma altura de 3.50 m do solo. Os cestos devem ser cilíndricos sem fundo; devem ter 23.5 a 25 cm de altura e um diâmetro interior de 39 a 41 cm na zona superior e 40 a 42 cm na zona inferior. O bordo superior do cesto deve ter uma largura de 2 a 3 cm.

5. Jogadores
Os jogos são disputados por duas equipas, cada uma consistindo de 4 jogadores do sexo feminino e 4 jogadores do sexo masculino, dos quais 2 jogadores de cada sexo são colocados em cada uma das zonas.

Imagem 3 – situação de jogo

6. Mudança de zona e troca de meio campo
Numa equipa 2 homens e 2 mulheres apenas jogam no seu “meio campo defensivo”, e 2 homens e 2 mulheres apenas jogam no seu “meio campo ofensivo”, defendendo e atacando respetivamente, sem poder passar a linha de meio-campo.
Sempre que dois golos são marcados os jogadores mudam as suas funções. Os atacantes tornam-se defesas e os defesas tornam-se atacantes, sendo isto conseguido através da sua mudança de zonas.

7. Duração do jogo
A duração de um jogo deve ser 2 x 30 minutos, com um intervalo máximo de 10 minutos. São permitidos 2 descontos de tempo por equipa durante um jogo (60 segundos cada desconto de tempo).

8. Golos
É considerado golo quando a bola entra, completamente, de cima para baixo, no cesto que está posicionado na zona de ataque daquela equipa.
Imagem 4 – situação de Golo

9. Infracções às regras
As infrações às regras estão divididas em infrações cometidas pelos defesas e infrações cometidas pelos atacantes, podendo ser classificadas em:
A) Infrações ligeiras – punidas por um recomeço de jogo. São elas:
1) infrações técnicas (como correr, jogar a bola com a perna ou pé e fazer jogo passivo).
2) infrações físicas que não sejam executadas com o propósito de perturbar o ataque e onde exista contato físico controlado.
B) Infrações graves – punidas por um livre. São elas:
1) infrações físicas onde exista contato físico descontrolado (como tirar a bola das mãos de um oponente, empurrar, agarrar ou obstruir um oponente).
2) infrações executadas com o propósito de perturbar o ataque ou que resultem na interrupção do ataque.
C) Infrações que repetidamente perturbem o ataque – punidas pela atribuição de uma penalidade para o outro lado.
D) Infrações muito graves que resultem na perda de uma hipótese de marcar – punidas pela atribuição de uma penalidade para o outro lado
Imagem 5 – Lançamento da bola ao cesto

Durante o jogo é proibido:
a. Tocar a bola com a perna ou pé;
b. Bater a bola com o punho;
c. Apoderar-se, agarrar ou bater a bola quando alguma parte do corpo, que não os pés, estiver a tocar o solo;
d. Correr com a bola;
e. Entregar a bola na mão de outro jogador da mesma equipa;
f. Jogo passivo;
g. Bater ou tirar a bola das mãos de um adversário;
h. Empurrar, agarrar ou obstruir um adversário;
i. Defender um adversário do sexo oposto no ato de lançamento ou de passe;
j. Defender um adversário que já esteja a ser defendido por outro jogador;
k. Influenciar um lançamento deslocando o poste;
l. Usar o poste para saltar, correr ou para se afastar rapidamente (mudar de direção);
m. Violar as condições impostas para um livre ou uma penalidade;
n. Jogar de forma perigosa;
o. Violar as condições impostas para um recomeço de jogo.
Imagem 6 – situação de jogo

10. Bola Fora
A bola é considerada fora logo que ela toca:
a) uma linha limítrofe do terreno de jogo;
b) o solo, uma pessoa ou um objeto fora do terreno de jogo; ou
c) o teto ou um objeto acima do terreno de jogo.


11. Bola ao ar
Quando dois oponentes se apoderam da bola simultaneamente, o árbitro pára o jogo e lança a bola ao ar.

12. Recomeço de jogo
O recomeço de jogo é marcado no local onde a infração foi cometida. No momento em que o marcador do recomeço de jogo tem, ou pode ter, a bola nas suas mãos, o árbitro deve apitar. O jogador tem, desde o momento que o árbitro apita, 4 segundos para colocar a bola em jogo. Os jogadores da equipa oposta não o podem defender.

13. Livre
O livre é marcado da marca de penalidade. No momento em que o marcador do livre tem, ou pode ter, a bola nas suas mãos, o árbitro levanta um dos seus braços verticalmente e faz um sinal mostrando quatro dedos da sua mão levantada, avisando que vai apitar para o reinício do jogo dentro de 4 segundos.

14. Penalidade
A penalidade deve ser executada por um jogador da zona atacante, colocado imediatamente atrás da marca de penalidade. O marcador da penalidade deve colocar-se imediatamente atrás da marca e não pode tocar o solo entre o ponto de penalidade e o poste com nenhuma parte do seu corpo antes que a bola tenha saído das suas mãos.
Todos os outros jogadores têm de manter uma distância de 2.50 m (em todas as direcções) da marca, do poste e de uma linha imaginária entre o poste e a marca de penalidade até que a bola tenha saído das mãos do marcador da penalidade.


Bruno Batista
Docente de Educação Física da EPO

17/11/11

Encontrar emprego passo a passo


Nos tempos que correm, procurar emprego é uma tarefa que tem de ser bem planeada e executada. Aqui ficam algumas ideias que esperamos serem úteis:

Analisa bem o mercado de trabalho e as ofertas disponíveis;
Direcciona os currículos sem te dispersares por todas as ofertas e funções;
Responde às ofertas de forma personalizada, evitando respostas "em série";
Apresenta uma carta de motivação anexada ao currículo onde explicitas o motivo e interesse em relação à função a que te estás a candidatar;
Elabora um currículo bem estruturado, coerente e conciso;
Prepara a entrevista, pesquisando informações sobre a empresa - isto demonstra interesse e curiosidade pela mesma;
Mantém uma proximidade com o mercado de trabalho, através de estágios ou trabalhos em part-time, mesmo que não sejam da tua área de formação;
Pesquisa regularmente as tuas redes de contacto; email, , facebook, grupos de amigos ou família.
Como antigo aluno, mantém os teus dados actualizados junto da Unidade de Inserção e Acompanhamento Profissional da Insignare - assim podemos estar a par da tua situação profissional e ajudar-te no que nos for possível.

Não te esqueças: As oportunidades normalmente apresentam-se disfarçadas de trabalho árduo, e é por isso que muitos não as reconhecem. (A.L)

Este é o nosso contacto: gec2@insignare.pt

Sandra Monteiro
UIAP - INSIGNARE

6ª edição do Concurso Nacional de Leitura


Mais uma vez a Escola Profissional de Ourém participa no Concurso Nacional de Leitura, na sua 6ª Edição: 2011/2012, iniciativa do Plano Nacional de Leitura (PNL) direccionada aos alunos do 3.º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário. Esta iniciativa do PNL continua a ser realizada em parceria com a Rede das Bibliotecas Escolares, com a RTP e com a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas.

O Concurso Nacional de Leitura, iniciativa que pretende avaliar a leitura de obras literárias, é composto por três fases ao longo do ano letivo:
Uma fase preliminar de eliminatórias nas escolas, de 25 de outubro a meados de janeiro, onde são seleccionados os três melhores alunos, ou seja, aqueles que dão provas da leitura das obras
selecionadas e escolhidas pela própria Escola. Seguem-se as finais distritais (2ª fase), a
realizar nas bibliotecas municipais de cada distrito, por volta do mês do março, em que os três alunos representantes da sua escola, participarão, após a leitura de três obras indicadas e comuns a todas as escolas e, de onde se apurarão os dois melhores alunos a nível distrital. A final nacional, no mês de maio, a decorrer em Lisboa, onde os melhores de cada distrito do país e, também após a leitura de mais três obras sugeridas pelos organizadores do Concurso, participarão numa sessão produzida e transmitida pela RTP.
Fátima Lucas e Isabel Marques

"Contos", Eça de Queirós


«Singularidades de Uma Rapariga Loura»

É umahistória de amor. O amor de um jovem honesto e trabalhador, Macário, por uma rapariga loira que "Tinha o carácter louro como o cabelo - se é certo que o louro é uma cor fraca e desbotada: falava pouco, sorria sempre com os seus brancos dentinhos, dizia a tudo «pois sim»; era muito simples, quase indiferente, cheia de transigências." É por esta rapariga que é aparentemente dócil e sem vontade própria que Macário se apaixona, a ponto de sair de casa de seu tio Francisco, onde trabalhava como escriturário e ir até Cabo Verde em negócios, só para merecer a mão de Luísa. No entanto, Luísa é, de facto, uma rapariga loura e singular....

“Tesouro”

O conto “O tesouro” descreve a história de três fidalgos decadentes, Rui, Guanes e Rostabal, que ao tomarem posse de um cofre cheio de ouro tomam as mais deprimentes atitudes. A cobiça e o egoísmo são marcas constantes da narrativa. Rui, Guanes e Rostabal são irmãos e, devido às circunstâncias em que vivem, tornaram-se seres animalescos, e por isso são incapazes de sentir amor uns pelos outros, numa recusa de humanização, o que culmina em um desfecho trágico.
Apesar das circunstâncias difíceis em que se encontravam, falidos e à beira da miséria, as personagens não se redimem, pois têm castigos à altura do quanto ousaram infringir as leis de Deus e dos homens.

“A Aia”

“A aia” é a história da ama de leite de um príncipe, exemplo máximo de valores como a lealdade e a fidelidade.
O conto começa com o rei derrotado e morto após uma batalha. A rainha desolada tentou fazer de tudo para proteger o seu filho, herdeiro do reino. Contudo, o tio da criança, o irmão bastardo do rei, um homem tenebroso e sombrio, estava ansioso por se sentar no trono, e disposto a tudo para consegui-lo.
Uma noite, depois de embalar o príncipe, a aia deitou-se e adormeceu. Mas rapidamente acordou com o barulho dos passos do bastardo, que vinha para matar o príncipe….
Fátima Lucas e Isabel Marques

"O velho que lia romances de amor", Luís Sepúlveda

Algures na Selva amazónica onde só os barcos chegam, vive António José Bolivar, um homem idoso que aprendeu a viver na selva com os índios Shuar.
Depois de viver quarenta anos na selva longe do mundo onde nasceu e cresceu, os livros são o seu bálsamo que lhe permite enfrentar a dura realidade do mundo que o rodeia.
É em torno do velho José, da pobre aldeia perdida na selva em que vive e dos seus habitantes, que se desenrola a história. Um dia o rio traz um cadáver de um gringo, rapidamente há quem tente culpar os índios da sua morte, mas o Velho António José sabe que não foram os índios e sabe também que haverá mais mortes, porque um animal acossado e no seu ambiente natural é um inimigo terrível.

Este é o mais conhecido dos livros do autor chileno Luís Sepúlveda. “O velho que lia romances de amor” foi dedicado a Chico Mendes, morto numa emboscada por defender a floresta e os direitos das tribos amazónicas.
A grande floresta amazónica, um dos locais do mundo onde sobrevivem espécies raríssimas de fauna e flora é o verdadeiro protagonista do romance, cuja mensagem é transmitida pelos olhos de António José Bolívar, o velho eremita que vive na floresta e que lê romances de amor.

Este é um excelente livro de um autor que tem um enorme sucesso no nosso país, ao melhor estilo do Realismo Mágico, a escrita descritiva leva-nos até ao interior da selva e à alma das personagens, quase que conseguimos sentir o calor húmido e os cheiros intensos que caracterizam a selva.

Fátima Lucas e Isabel Marques

15/11/11

GES 11.14 visita a Assembleia da República


No dia 11 de Novembro de 2011, a turma GES 11.14 realizou, no âmbito da disciplina de Direito das Organizações, uma visita à Assembleia da República, acompanhados pela docente da disciplina, profª Margarida Rodrigues.
Esta visita visou consolidar os conteúdos leccionados no módulo 1 e teve como objectivos visitar as instalações onde decorrem os trabalhos daquele órgão de soberania e assistir ao debate do plenário. Para além dos objectivos terem sido atingidos, a turma teve ainda a vantagem de poder assistir à discussão e votação na generalidade do Orçamento de Estado para 2012, bem como das Grandes Opções do Plano.
A turma foi recebida pela deputada Carina Oliveira, eleita pelo círculo distrital de Santarém, que se revelou (como é seu hábito) uma excelente anfitriã, e que acompanhou o grupo ao longo do dia, convidando-o para assistir aos trabalhos do plenário nas galerias, guiando-o depois numa visita aos locais mais emblemáticos do edifício ( salão nobre, biblioteca, passos perdidos,…), ao mesmo tempo que foi esclarecendo todas as dúvidas e curiosidades dos alunos, por meio de um discurso marcado pela clareza e simplicidade, adequando-o ao público-alvo.
Consideramo-nos privilegiados por ter tido a oportunidade de fazer esta visita, que contribuiu para definir com mais clareza as atribuições do órgão de soberania Assembleia da República e de perceber onde e como decorrem os trabalhos das comissões parlamentares e como se processam os mecanismos de tomada de decisão.
Obrigado à Srª Deputada, pela excelência com que nos recebeu e por tudo o que partilhou connosco.
Obrigado à EPO, por nos ter possibilitado esta visita que classificamos de muito enriquecedora!




As alunas Maria Leal e Márcia Ferraria

A profª de Direito das Organizações
Margarida Rodrigues

Sessão formativa - IVA


No passado dia 10 de novembro tivemos uma sessão sobre o IVA com a Dra. Paula Pereira, atual Inspectora Tributária de Contas de nível dois na Direção Geral de Contribuições e Impostos em Leiria.
Com o vasto currículo, a Dra. Paula Pereira é um exemplo para todos nós uma vez que também estudou na Escola Profissional de Ourém, continuando o seu percurso académico na Universidade de Coimbra onde atualmente está a frequentar o mestrado.
Iniciámos a sessão com uma curiosidade sobre uma operação stop da alfândega que estava a ser realizada em Ourém, na zona do mercado. Desde logo percebemos que a Dra. Paula Pereira estava à vontade.
Depois de mais de uma hora a esclarecer-nos dúvidas sobre a matéria já dada (IVA) a Dra. Paula falou um pouco da sua experiência pessoal na EPO dizendo frases como: “Foi o testemunho que aprendi nesta escola, o esforço compensa”.
Dada como terminada a sessão a Dra. Paula agradeceu a oportunidade de ter voltado a uma escola que lhe foi muito querida e que teve grande importância na sua vida, depois de agradecer à Prof. Beatriz por tudo terminou dizendo: “Estou à vossa disposição para vos ajudar naquilo que vocês precisarem.”

Obrigado Dra. Paula pelo seu testemunho e por ser um orgulho da EPO.

Adriana Sousa GES10, supervisão prof. Beatriz Vieira

Sessão sobre IVA


Foi no passado dia 10 de Novembro que os alunos do 2º e 3º anos do Curso Profissional Técnico de Gestão assistiram a uma sessão sobre o IVA. A sessão foi dirigida pela Doutora Paula Pereira (ex aluna da EPO).
Numa primeira parte a Dr.ª Paula começou por dar uma definição de IVA e enquadrá-lo no tema dos Impostos. O IVA é o imposto sobre o valor acrescentado, ou seja é um valor que é de certa forma imputado a bens e serviços. Uma vez que nós, humanos, vivemos numa sociedade de consumo, todos nós pagamos este imposto, por vezes até sem nos darmos conta. Este imposto é classificado de diversas formas: é indireto porque incide sobre o consumo; é plurifásico; é não cumulativo porque só é devido ao Estado o valor acrescentado; tem incidência real; é estadual, porque o sujeito ativo é o Estado; é geral porque é para todo o espaço nacional e é Proporcional pois a taxa é constante.
Numa segunda parte a Dr.ª analisou alguns artigos do Código do IVA.
Na minha opinião esta sessão sobre o IVA foi bastante importante uma vez que nós, alunos do Curso de Gestão trabalhamos muito diretamente com este imposto. A sessão veio, no entanto, fortalecer alguma da aprendizagem adquirida nas aulas de Contabilidade com a professora Beatriz Vieira. Acho que os conceitos foram bastante perceptíveis e apresentados de forma dinâmica.

Ana Filipa Rodrigues GES.09.12, supervisão prof. Beatriz Vieira

09/11/11

Parte I: As comunicações word-of-mouth e a sua importância estratégica nas organizações

Uma estratégia de comunicação é crucial para qualquer tipo de organização, sobretudo no contexto atual, cada vez mais complexo e onde as transformações ocorrem a um ritmo acelerado. Essa estratégia deve servir de suporte para um modelo de gestão bem estruturado e com capacidade de levar as organizações a enfrentar os desafios cada vez mais competitivos numa sociedade progressivamente mais exigente, permitindo à organização informar e comunicar de forma clara, integrada e consistente, com os seus públicos internos e externos. O objetivo de uma boa estratégia de comunicação de marketing reside na criação e manutenção dos relacionamentos das organizações com os seus públicos, procurando informar, persuadir e lembrar os consumidores, de forma direta ou indireta, acerca dos produtos, serviços ou marcas que oferecem.


No contexto dos serviços, a comunicação da qualidade do serviço pode ser feita pela empresa, através, por exemplo, de uma estratégia de publicidade, ou então pelos seus clientes, quando estes defendem e recomendam os serviços prestados pela empresa através da comunicação boca-a-boca, mais conhecida como word-of-mouth.


Este tipo de comunicação tende a ser altamente persuasivo e extremamente eficaz sobretudo no caso dos serviços. Estudos empíricos têm demonstrado que a intangibilidade de um serviço, a sua natureza experiencial, bem como a heterogeneidade na prestação do mesmo, levam a que os consumidores, quando procuram informação para apoiar a tomada de decisão de consumo, tendam a confiar mais nas comunicações interpessoais, baseadas na partilha de experiências de consumo anteriores, conhecidas como word-of-mouth.


Pode definir-se word-of-mouth como a comunicação informal entre consumidores resultante da avaliação das características de um produto, serviço ou organização.


A comunicação word-of-mouth acabou por se transformar numa das forças mais poderosas do mercado, bem como numa inquestionável e importante ferramenta de marketing, na medida em que exerce, comprovadamente, uma grande influência no comportamento dos consumidores. Torna-se essencial que as organizações conheçam os fatores que estão na base das comunicações word-of-mouth, de forma a que os administradores destas organizações possam desenvolver ações de marketing que promovam não só o word-of-mouth positivo, como também reduzam ou eliminem as fontes de word-of-mouth negativo.


Em que consistem as comunicações word-of-mouth positivas e negativas?
Resposta na Parte II, em breve…

Margarida Rodrigues
Docente da EPO
Mestranda em Marketing Relacional

08/11/11

Algumas dicas para melhorar o seu currículo ...

Muitas pessoas protestam que enviam dezenas de currículos para um elevado número de empresas e não solicitações para entrevista de emprego. Em muitos casos, a resposta para essa falta de um retorno é que as empresas costumam receber milhares de Curriculum Vitae, ou simplesmente CV como é mais conhecido, e infelizmente, os candidatos a uma vaga de emprego não sabem preparar um CV, ou seja, não sabem vender a sua imagem, sua experiência através de um CV.

“Curriculum vitae” é, como explica a sua origem -latim, o relatório da vida da pessoa, sob diferentes ângulos, ou seja, da vida pessoal, da vida profissional, da vida académica. Saber colocar informações num CV revela um pouco como a pessoa é, se ela tem objectivos, se ela é persistente, se ela é dedicada, enfim, é uma representação quase fotográfica da sua vida. Daí a importância de se preparar bem o CV. Sem querer ser pretensioso, ficam aqui algumas ideias para melhorar o seu currículo e quem sabe, conseguir a tão almejada entrevista:
Mantenha o CV resumido e concentrado;
A leitura do seu CV deverá assemelhar-se a uma notícia e não a uma enciclopédia;
Mostre um pouco da sua personalidade;
Liste apenas as experiências de trabalho relevantes;
Não escreva testamentos;
Saliente as suas qualidades e pontos fortes;
Utilize títulos de profissão efetivos e descritivos;
Reveja-os duas vezes e mostre-o a outra pessoa;
Não inclua informações irrelevantes;
Tente que o seu currículo não ultrapasse as 2 páginas;
Use verbos de ação: “fiz”, “realizei”;
Evite ser negativo;
Muita atenção a possíveis erros ortográficos;
Tente identificar o perfil pretendido através do anúncio de emprego;
Defina o que o diferencia dos outros.

Sandra Monteiro Unidade de Inserção e Acompanhamento Profissional INSIGNARE
Fonte: empregosmaneger.pt

As ideias




A seguinte mensagem, oriunda da tradicional sabedoria chinesa, é uma das frases que mais me marcaram, após a sua leitura:


Um homem com um pão encontra outro homem com um pão. Ambos os homens trocam de pães e cada um regressa a casa com um pão.
Um homem com uma ideia encontra outro homem com uma ideia. Ambos os homens trocam de ideias e cada um regressa a casa com duas ideias
.”


Mensagem clara e objetiva, mas com um alcance enorme. Será que alguém descobriu a pólvora? Talvez…
Afinal, algo tão simples, tão singelo, tão barato, tão comum, como partilhar uma ideia, pode ser tão enriquecedor, tão especial e, porque não, tão diferenciador dos demais. Então, se é tão simples, porque não o fazemos com mais regularidade? Será pela falta de ideias, ou pelo medo da partilha?


Quero acreditar que a segunda hipótese é mais válida, porque a primeira revela apenas falta de paixão, desinteresse, apatia, entre outros. Mas então, porque será que é tão difícil de partilhar? Medo de que alguém possa ficar com o mérito de algo que é só nosso? Receio de cair no ridículo pela ousadia de ter idealizado algo novo? Medo de agir?


Não quero entrar em análises psicológicas nem sociológicos que possam estar na génese desses receios. Acredito apenas que se muitos dos homens e mulheres, em tempos idos, seguissem por esses receios, talvez, hoje, este texto não existisse nesta forma digital. Ainda viveríamos em cavernas, ou então não teríamos os carros que temos ou outros veículos motorizados, telemóveis, casas em tijolo, com saneamento, eletricidade, entre tantos outros bens, tão comuns e banais nos dias que correm, mas que em tempos idos, não passavam de ideias.
Felizmente alguém não se importou com os receios. Partilhou as suas ideias para que outros o ajudassem na prossecução das suas ideais. Felizmente ainda existem pessoas capazes, sem medo de avançar, de dar uso à sua voz, de agir.

Quero acreditar numa escola de hoje e do amanhã, incubadora de ideias, mas também de partilha. Porque o mundo de hoje precisa de pessoas com vontade de agir, de idealizar e de partilhar. Precisa de todos nós. Não vivemos numa ilha, isolada dos demais, antes somos uma parte integrante, ligados por pontes, de um sistema complexo, em que um simples gesto de partilha de ideias pode revolucionar a nossa existência.

À partilha!



José Pegada

(Diretor Pedagógico)

Vida de adolescente... e de seus pais...

A vida agitada dos dias de hoje, faz-nos olhar muitas vezes para o relógio, consultar a agenda, abrir a caixa de correio eletrónico, sempre à procura de mais alguma coisa para fazer, não esquecer um compromisso ou enviar trabalho a alguém …. Quando damos por ela lá se foi mais um dia, que em vez de 24 horas até dava jeito que tivesse 30.

Passou um dia, e outro, e mal nos cruzamos com aqueles que vivem na nossa casa. O fim de semana não para e o ritmo continua, ... e hoje que até tenho tempo..., os meus filhos querem estar com os amigos, ou têm de estudar, sair, espairecer… também faz parte.

O jornal Sol de 07 de novembro de 2011, publicou um artigo sobre uma pesquisa recente que demonstra que jantar à mesa em família pode beneficiar os adolescentes, na medida em que contribui para reduzir as probabilidades de que os jovens venham a abusar de drogas, cigarros ou álcool.

Um centro de investigação de abuso de substâncias norte-americano publicou um estudo acerca de como as refeições em família podem ter impacto na saúde dos jovens adolescentes.
Dizem as estatísticas que aqueles que jantam com a família cinco a seis vezes por semana têm quatro vezes menos probabilidades de consumir álcool, tabaco e cannabis, do que jovens que jantam menos de três vezes por semana com os pais.
Por outro lado, um estudo britânico mostra que jantar em família é um ingrediente crucial para assegurar a felicidade das crianças e que este simples ato de jantar em família mais de três vezes por semana, demonstra níveis mais elevados de felicidade.
Parece que, ao contrário da crença generalizada de que os jovens preferem estar sozinhos a ver televisão ou a jogar computador, a verdade é que estes são mais felizes quando interagem com os seus pais e familiares.
Segundo o artigo do SOL, o jornal The Independent refere que fazer coisas em família e limitar as atividades extra escolares das crianças para que possam ter tempo para estar em família, ajuda a criar um ambiente familiar saudável e, dessa forma, educar crianças mais equilibradas e felizes.


Não é uma receita simples, mas será que não podemos todos fazer um esforço para dar mais atenção aos nossos filhos? Ter um tempo diário para estar com eles, dialogar sobre os nossos dias, conhecer os seus amigos, auscultar a sua opinião, perguntar sobre a sua escola, acompanhar o seu desporto e até sair com eles, porque não?
Se não tentarmos, não valem a desculpas: “ o meu filho é muito difícil” ;“está sempre fechado no quarto”; “ só pensa em estar fora de casa”; “não conheço os seus amigos”, “ nunca quer falar”….


Será que já tentámos fazer diferente?


E hoje, onde é que vamos jantar?

Ana Pinho
(Docente)

02/11/11

Escola Profissional de Ourém recebe alunos Angolanos

A INSIGNARE definiu como objetivo o estreitar de laços de cooperação internacional com outros países, sendo os países africanos parceiros preferências uma vez que muitos são os que necessitam de ajuda a vários níveis, nomeadamente no que toca à formação dos seus jovens. A INSIGNARE entende ter, nestes casos, um papel de Responsabilidade Social.

Neste sentido, através da Escola Profissional de Ourém, recebeu no dia 28 de Outubro dois jovens oriundos de Cabinda que aqui irão frequentar o Curso Profissional de Técnico de Gestão e o Curso Profissional de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos: o João Malumba e o Alexandre Lukanga, respetivamente.

já há algumas semanas retidos em Angola, foi com bastante dificuldade que conseguiram sair do país para virem estudar para Portugal. Com um forte apoio de uma congregação religiosa, que também os acolhe em Fátima onde vão ficar alojados, conseguiram, finalmente integrar as turmas e iniciar o seu percurso escolar de nível secundário. O objetivo será rumar a Cabinda, no final dos cursos, e aplicar os conhecimentos que aqui adquiriram promovendo o desenvolvimento do seu povo e do seu país.

Para além de os receber e os integrar nos seus cursos, a Escola irá suportar os almoços e o material didatico necessário para a frequência dos mesmos. O alojamento e as viagens ficarão a cargo das famílias destes jovens alunos. De destacar ainda o apoio dado pela congregação religiosa que conseguiu trazê-los para Portugal e lhes possibilita alojamento.

Esta é já a segunda vez que a INSIGNARE recebe alunos de países africanos. Também na Escola Profissional de Ourém estão, desde o ano letivo passado, duas alunas oriundas de Cabo Verde a frequentar o Curso Profissional de Técnico de Construção Civil.

A CENTRALIDADE DE OURÉM (II)

Admiti ser este o último texto sobre o tema que titula este espaço, encerrando este esforço solitário e certamente pouco motivante para quem se arrisque a lê-lo. A ideia era fechar esta análise comparativa entre Ourém e os concelhos do Médio Tejo, Pinhal Litoral e Pinhal Interior Norte, procurando perceber melhor a realidade e as potencialidades do “meu” concelho, denunciar as injustiças de que tem sido alvo em termos de uma distribuição equilibrada do investimento público, mas e sobretudo, tentar compreender se Ourém, por tudo aquilo que foi e é, assume ou pode vir a assumir uma centralidade motora no desenvolvimento dos territórios enunciados ou de outros que lhes são vizinhos. Mas acabei por não assumir este como o último texto, porque admiti que se justifica, pela sua importância económica, social e cultural, uma abordagem a um setor específico, o Turismo. O último será então o próximo, o das injustiças e da eventual centralidade. As dificuldades financeiras que atravessa a Entidade Regional de Turismo Leiria-Fátima, têm motivado algumas afirmações e um reduzido debate sobre a importância deste organismo na gestão do território turístico composto pelos municípios de Leiria, Pombal, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós e Ourém, colocando mesmo em causa a necessidade desta entidade. Enquanto uns questionam a validade da reivindicação que levou o anterior Governo, no último minuto, a segurar este espaço administrativo, outros já lhe anunciam a morte e integram-no, em partes ou por inteiro, nos seus territórios. Sobre este assunto o meu pensamento já começa a ser velho e admito que já canse de tanto ser repetido. Sou completamente a favor da existência do Turismo de Leiria-Fátima, na prossecução dos seus objetivos estatutários de organização e qualificação do território turístico, defendo o reforço da aproximação à Associação Turismo de Lisboa, com vista a garantir uma mais poderosa promoção nos mercados externos, sou defensor de uma eventual fusão com o Turismo do Oeste, com o objetivo de se ganhar massa crítica e serem ultrapassadas as dificuldades financeiras que admito possam ser semelhantes e finalmente, penso que Leiria e a sua “região” ficarão a perder, caso continuem a olhar sonolentamente para este assunto. Mas se o que antes ficou dito é preocupante e me parece importante, nada melhor que olhar para os números e tentar sobre eles entender a realidade, com base em dados relativos a 2009. O concelho de Ourém, razão de ser destes nossos escritos, apresenta 40 estabelecimentos hoteleiros (aqui ainda divididos entre hotéis e pensões), um total de 5 838 camas e vendeu 505 011 dormidas. Se compararmos com os concelhos do Pinhal Litoral (Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós), na sua globalidade, encontramos um número ligeiramente superior de estabelecimentos (42), mas uma significativa redução no número de camas (3 482) e de dormidas vendidas (293 121). Relativamente ao Médio Tejo, na globalidade dos seus concelhos, apresenta 24 estabelecimentos hoteleiros, 1 556 camas e 142 461 dormidas vendidas. No que se refere ao Pinhal Interior Norte os valores são incomparáveis: 11 estabelecimentos, 671 camas, 61 733 dormidas. Em conclusão e somando a totalidade dos valores relativos aos concelhos que integram o Pinhal Interior Norte, Pinhal Litoral e o Médio Tejo, excluindo os de Ourém, verificamos que estes apresentam 77 estabelecimentos hoteleiros contra os 40 instalados no concelho de Ourém, que disponibilizam 5 709 camas contra as 5 838 disponíveis em Ourém e finalmente e porque é o dado que verdadeiramente interessa, venderam em 2009, 497 315 dormidas contra as 505 011 vendidas apenas em Ourém (convém referir o peso avassalador de Fátima nos dados referentes a este concelho). E sobre Turismo e a importância do concelho de Ourém nesta matéria, nada mais me resta dizer. Daqui a um mês tentaremos concluir.
Francisco Vieira
Presidente da Direção da Associação Empresarial Ourém - Fátima