A importância da indústria de moldes em Portugal
Para compreendermos um pouco a
importância da indústria de moldes em Portugal, teremos de analisar o seu peso
na nossa economia e mercado de emprego.
Os dados estimados falam em 400M€
envolvidos sendo que, 90% desse valor são exportados. No total, representa
cerca de 1% das exportações totais de Portugal.
A indústria emprega cerca de
10.000 colaboradores, sendo um importante sector de emprego nacional.
Os principais sectores
consumidores de moldes nacionais são a indústria automóvel (60%), a produção de
electrodomésticos (8%), embalagem (7%) e electrónica (5%).
As empresas perdem em alguns
pontos chave como a passividade comercial e fraco conhecimento de mercados
alternativos. A falta de associativismo e cooperação entre empresas é outro dos
pontos que devia ser revisto pois poderia permitir a partilha de informações,
contactos, negócios e poderia também levar a um maior poder negocial.
Com um valor médio de
20.000€/ton, os moldes nacionais não podem ser considerados “baratos” muito por
causa da (ainda) baixa produtividade mas também devido ao elevado know-how e
especificidade técnica dos mesmos.
O saber fazer é, sem dúvida, um
dos maiores trunfos nacionais, que é usado para combater países muito mais
produtivos como o Japão, os EUA, Alemanha ou China, sendo que esta
caracteriza-se mais pelo baixo custo, quer em mão de obra, quer em preço de
matéria-prima.
Além disso, as empresas
fabricantes de moldes têm-se tornado empresas de excelência apostando
essencialmente em boa tecnologia e qualificação dos quadros pessoais, além de
vontade de evoluir. Isso traduz-se em produto de qualidade.
Não bastando somente vender,
também é necessário produzir, sendo que para isso, é necessário tecnologia e
pessoal formado.
Uma das áreas mais críticas é o
departamento de projecto, sendo que tem bem a seu lado a fabricação
propriamente dita, especialmente a programação e maquinação.
A programação e maquinação são
áreas deveras importantes sendo que se deve apostar em formação intensiva. É
importantíssimo que haja instituições a formar técnicos, com base prática e
possibilidade de estágios no mundo real.
Devido à enormíssima diversidade
possível de projectos, é fundamental ter pessoas muito rotinadas e treinadas
para que facilmente consigam executar as peças disponíveis, não somente a
qualidade de execução (fundamental) bem como a velocidade e a baixo custo.
Muito facilmente se destrói uma
peça, que teria de ser refeita, ou se destrói um conjunto de ferramentas, que
normalmente têm um valor bastante elevado.
Um dos componentes fundamentais
numa boa fatia de moldes produzidos, calcula-se que em 35-40%, é o sistema de
injecção quente.
Este é um componente que tem como
função fazer a distribuição do plástico, já em estado de fusão, pelos diversos
pontos na cavidade do molde.
O equipamento permite reduzir o
desperdício de material, ao evitar os gitos/canais, que irão para a reciclagem
ou o reaproveitamento (moagem) para posterior utilização.
Além disso, permite reduzir o
tempo de ciclo, devido ao material já estar em fusão dentro molde, além de não
perder calor e consequente velocidade nos canais/gitos.
Outra importante vantagem, é a de
ser possível injectar o plástico nos pontos estratégicos mais adequados, muitas
vezes impossível de ser executado com canais frios.
Devido à possibilidade de
controlo dos pontos de injecção, também a qualidade final das peças sai em
muito beneficiada, quer em marcas ou linhas de união, quer em queimados ou
gases ou mesmo compactação de materiais.
Desde que foi fundada em 1980, a
Yudo Co, sediada na Coreia do Sul, tem tido uma ascensão fulgurante, muito
devido à qualidade e inovação dos seus produtos, bem como ao custo reduzido,
prazos e flexibilidade de entrega.
A expansão para a Europa começou
no inicio da década de 90 sendo que, iniciou a sua representação em Portugal a
partir de 1998.
Devido à forte expansão da marca
Yudo, houve a necessidade de criar uma fábrica, sendo Portugal a escolha mais
lógica, quer em saber fazer, a importante indústria de moldes e a sua
localização geográfica.
A fábrica foi iniciada em 2007,
transferindo-se para umas novas instalações em 2011.
A Yudo conseguiu atingir o topo,
sendo neste momento o maior fabricante de canais quentes do mundo, com mais de
2000 colaboradores, 5 fábricas e mais de 50 agências de venda que cobrem praticamente
todos os países.
Eng.ºAntónio Quitério | Comercial Manager – Export
yudoeu - Portugal www.yudoeu.com
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