23/11/11

Após o curso, quero ir para o estrangeiro… como faço?

Os alunos do 3.º ano estão na reta final do curso, prestes a entrar no mercado de trabalho que não pode atualmente ser restringido ao território nacional… Foi, por isso, promovida uma aula.com a conselheira Eures Catarina Carvão, em colaboração com os professores da Área de Integração, da EPO e da EHF, para todas as turmas do 3.º ano. Apresentam-se aqui algumas informações (transmitidas nas sessões) interessantes e importantes para quem pondera a possibilidade de vir a trabalhar no estrangeiro.

Esta é, de facto, uma boa possibilidade a ponderar, sobretudo para quem está no início da sua vida profissional. E desengane-se quem pensa que há poucos empregos disponíveis, a 21.11.2011 (data da última atualização no portal EURES (1)) existiam 1 217 035 ofertas de emprego na Europa. Além disso, esta é uma boa opção para um profissional português! Porquê? Porque parece que os trabalhadores portugueses são muito bem vistos pelos empregadores estrangeiros, uma vez que, na generalidade: são simpáticos; trabalham bem em equipa, são flexíveis e criativos e têm boa capacidade de adaptação! No entanto, ir trabalhar para o estrangeiro não é, obviamente, uma decisão que se tome de ânimo leve, muitas são as questões que se colocam (entre outras): Que país escolho? Que línguas falo? A minha formação será reconhecida? Posso levar o meu automóvel?

É pois conveniente preparar muito bem o projeto de mudança de trabalho/país/vida, para isso aconselha-se:
- Verificar com antecedência a situação no mercado de trabalho e informar-se sobre condições de vida e trabalho do país/região de destino, através da Internet (Portal EURES) ou da consulta de jornais;
- Assegurar-se de que tem conhecimentos de línguas adequados ao exercício da atividade profissional e, em caso de necessidade, melhorá-los atempadamente;
- Contactar a Segurança Social para obter mais informações sobre o sistema de proteção social do país onde vai exercer atividade;- Contactar o PNRQ (IEFP, I.P.) (2) ou o NARIC (3), na Direção-Geral do Ensino Superior, para informações sobre o reconhecimento das suas qualificações e competências no país de destino.

Numa fase posterior, é imprescindível verificar se:
- Tem documento de identificação válido;
- Tem cópia do contrato de trabalho ou documento que confirme condições oferecidas, e se as percebe na íntegra;
- Tem documentos que atestam a experiência, formação e certificação profissional;
- Conhece o método e frequência de pagamento do salário;
- Consegue alojamento na zona onde vai trabalhar;- Tem o Cartão Europeu de Seguro de Doença (obtido na Segurança Social);
- Tem dinheiro suficiente para ficar no país até receber o 1º salário, ou para regressar a Portugal se necessitar.

Em todo este processo é possível obter ajuda de entidades e serviços como a rede EURES que está presente em 31 países da Europa. Os conselheiros EURES (4) facilitam o acesso a informação sobre ofertas e pedidos de emprego e estratégias mais adequadas para o conseguir, informam sobre a legislação social, laboral e fiscal e sobre as condições de vida e de trabalho (informação também disponível no portal).

Antigos alunos da EHF já se lançaram nesta aventura e partilharam connosco a sua experiência de vida no estrangeiro:
http://ehfatima.blogspot.com/2011/09/linguas-passaporte-para-o-mundo.html.

(1)
www.eures.europa.eu
(2)
http://portal.iefp.pt/pnrq/index.html
(3) www.enic-naric.net
(4) www.iefp.pt/eures

Sofia Ferreira
Psicóloga

Sem comentários:

Enviar um comentário