Fosse a minha ânsia de infinito ou tão só a minha pequenez física que me tolhia o horizonte, fui precoce no acto de atentar em tudo o que surgia no meu campo de visão e habituei-me, desde muito cedo, a erguer o olhar.
Não me reconheço na atitude humildemente submissa de baixar os olhos, nem no acto de uma camuflada mente que, de modo voluntário, os desvia.
Sou, naturalmente, curiosa.
E, embora a curiosidade seja uma das minhas fraquezas – porque me deixa ávida de saber – nunca a considerei como um dos meus defeitos!
Ser curioso é ter cá dentro uma vontade gigante e tenaz de querer entender. De querer experimentar. De querer experimentar para poder entender. E vice-versa!
É saber que sou capaz de aprender tudo o que eu quiser, bastando para isso a minha vontade própria. Ou a boa vontade de quem me queira ensinar. Ou ambas as duas, como dizia o Ti Zaquiel.
Ser curioso é deixar-me seduzir pelo que ainda não sei fazer. É mergulhar de cabeça na impressão primeira do primeiríssimo gesto e sentir o arrepio da primeira vez!
Ser curioso é gostar de saber que há milhentas coisas que ainda desconheço, sem por isso me sentir ignorante ou incapaz!
Ser curioso é tudo isto mas é também – e tão só – ter em mim a vontade maior de olhar, de contemplar, de apreciar intensamente, demoradamente, as coisas mais simples, os gestos mais singelos, que cada dia me oferece. E encontrar neles a verdadeira essência da sabedoria.
Saber que nunca saberei tudo abre-me o apetite de querer aprender sempre mais e dá-me a certeza que a minha sede de saber não será, nunca, totalmente saciada.
G.Rocha
Não me reconheço na atitude humildemente submissa de baixar os olhos, nem no acto de uma camuflada mente que, de modo voluntário, os desvia.
Sou, naturalmente, curiosa.
E, embora a curiosidade seja uma das minhas fraquezas – porque me deixa ávida de saber – nunca a considerei como um dos meus defeitos!
Ser curioso é ter cá dentro uma vontade gigante e tenaz de querer entender. De querer experimentar. De querer experimentar para poder entender. E vice-versa!
É saber que sou capaz de aprender tudo o que eu quiser, bastando para isso a minha vontade própria. Ou a boa vontade de quem me queira ensinar. Ou ambas as duas, como dizia o Ti Zaquiel.
Ser curioso é deixar-me seduzir pelo que ainda não sei fazer. É mergulhar de cabeça na impressão primeira do primeiríssimo gesto e sentir o arrepio da primeira vez!
Ser curioso é gostar de saber que há milhentas coisas que ainda desconheço, sem por isso me sentir ignorante ou incapaz!
Ser curioso é tudo isto mas é também – e tão só – ter em mim a vontade maior de olhar, de contemplar, de apreciar intensamente, demoradamente, as coisas mais simples, os gestos mais singelos, que cada dia me oferece. E encontrar neles a verdadeira essência da sabedoria.
Saber que nunca saberei tudo abre-me o apetite de querer aprender sempre mais e dá-me a certeza que a minha sede de saber não será, nunca, totalmente saciada.
G.Rocha
Delicias-me com a tua prosa... Fantástico!
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