08/01/11

Percebes o que digo?

Comunicar é muito mais do que uma necessidade básica. Quando comemos estamos a satisfazer a necessidade básica de nos alimentarmos mas também experimentamos prazeres e sensações de agrado à vista ao tacto e ao gosto. Comunicar, é um processo semelhante, é necessário e é bom. Um olhar, um aceno, uma carta, um grito…

As nossas expressões faciais “falam” tão claramente como a nossa voz e às vezes revelam emoções que preferíamos esconder. O nosso corpo também “fala”…não é muito difícil compreender o que os outros estão a pensar se estudarmos a sua linguagem corporal, dado que este transmite sinais de tristeza, mentira, orgulho, felicidade ou mesmo de desinteresse…No entanto, a linguagem corporal não é infalível, é apenas indicativa desses sentimentos ou sensações, dado que por vezes usamos sinais como estes sem nos apercebermos.

Experimenta sentar-te em cima das tuas mãos quando discutires. Ficarás surpreendido com a falta que sentirás delas.
Apesar de estarmos sempre a mexer as mãos enquanto falamos, nem todos os gestos têm um significado. Alguns, como bater na mesa com o punho fechado revelam fúria, outros são meramente indicativos. Tudo depende do que estamos a transmitir.

Mas comunicar é muito mais do que transmitir algo, é colocar em comum estados de alma, sentimentos e intenções. E quantas vezes a comunicação não são entendidas pelos outros, atingindo contornos graves, perdas irreparáveis, ou simples constrangimentos difíceis de desembrulhar.

Se a mensagem enviada não for recebida em boas condições, se não estiver contextualizada ou emitida numa linguagem perceptível pelo receptor, então não há comunicação - pior, há desentendimento, uma má comunicação. Se o receptor entende, ou sente, a mensagem de forma diferente do seu criador, gera-se uma situação de “mal entendido”, ou “mal emitido” caso se tenha dito, gesticulado ou escrito, algo que não queríamos transmitir. Muitas vezes, desculpas e explicações não são suficientes para nos recolocarmos num relacionamento que se quer são, sem reticências e sem mágoas.

A situação agrava-se se uma e outra parte acham “coisas” acerca do que se disse: “eu acho que o querias dizer, era...”. A intenção era dizer mas não disse?.... Uma comunicação sincera e aberta não pode ser um processo de intenções. Deve dizer-se exactamente o que se quer dizer, e fazê-lo na exacta medida e de forma clara. Uma boa conversa pode funcionar como uma boa terapia e as alegrias partilhadas são alegrias dobradas.

Lembra-te, a comunicação no amor e na amizade é tão importante que, o início de um relacionamento está muitas vezes aí, na facilidade com que comunicam e na vontade com que o fazem. A falta de comunicação dita, quase sempre, o seu fim. Percebes o que digo?

Mas, que sei eu? Só passei por aqui para deixar um Beijo!

Sandra Monteiro

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