Voltando ao estudo
“Qualificação para a reconversão sectorial” da autoria de
Paulo Pedroso, João Elyseu e João Magalhães e tendo como base de
análise territorial a NUT II, Lisboa (onde Ourém se insere)
concluímos como “bastante adequados” os cursos de metalurgia e
metalomecânica, construção e reparação de veículos a motor,
indústrias alimentares e hotelaria e restauração. Como “adequados”
os cursos de electricidade e energia, electrónica e automação,
produção agrícola e animal e floricultura e jardinagem. Como
“pouco adequados” os de turismo e lazer e de protecção do
ambiente. E como “não adequados” os de tecnologia e produtos
químicos, industrias do têxtil, vestuário, calçado e couro, dos
materiais (madeira, cerâmica, cortiça e outros), indústrias
extractivas e silvicultura, caça e pescas. Admitindo que este
exercício se pode tornar, no mínimo, um pouco confuso e não
querendo aqui discutir critérios recentemente utilizados para a
aprovação da oferta formativa 2012/2013, podemos concluir que para
a região de Lisboa, e segundo este estudo, se deve apostar
prioritariamente e a médio prazo nas seguintes áreas/profissões:
- Metalurgia e metalomecânica
- Construção e reparação de veículos automóveis
- Indústrias alimentares
- Hotelaria e restauração
Numa segunda opção
pode-se investir nas seguintes:
- Electricidade e energia
- Electrónica e automação
- Produção agrícola e animal
- Floricultura e jardinagem
E o resto, segundo o
referido estudo, passa para um plano totalmente secundário, não
conseguindo associar a formação a áreas profissionais que garantam
a mínima empregabilidade. Naquilo que directamente diz respeito às
nossas escolas (EPO e EHF), concluímos que temos vindo a fazer
apostas certas. A verde, sublinho as áreas que temos em
funcionamento e que importa continuar a desenvolver e a vermelho,
aquelas que acredito virão a acrescer à nossa oferta futura. Não
estou totalmente seguro. Daí o partilhar estes pensamentos, admito
que pouco estruturados, na expectativa de que aqueles que os lerem me
possam dar uma ajuda. Todos os contributos são bem-vindos.
Mas de uma coisa estou
certo. A generalidade das áreas antes referidas, quer se trate de
ensino profissional ou superior, continuam a assegurar uma excelente
capacidade em termos de garantia de integração rápida no mercado
de trabalho. E por isso é importante reforçar uma aposta
equilibrada na sua continuidade, não descurando a diversidade que
importa acautelar. De cursos e de profissões.
Francisco Vieira
Diretor Executivo da
Insignare
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