Os alunos, acompanhados por duas professoras da área técnica, saíram da sede da Escola Profissional de Ourém por volta das 10h30m em direção à Central de Cervejas, conhecida por Sagres, ou seja, fábrica da Vialonga.
Iniciámos a visita por volta das 14h e desde logo percebemos que ia ser interessante e divertida pois a nossa guia, Dra. Paula Portugal, deixou-nos desde logo à vontade para fazermos todas as perguntas e interrupções necessárias. Na sala onde nos recebeu encontrava-se a data da fundação da empresa, os seus presidentes executivos e algumas pessoas que foram muito importantes na história da fábrica.
De seguida visitámos uma sala, onde havia uma maquete da fábrica no seu todo e obtivemos todas as informações necessárias sobre a localização operacional da empresa. É a única do país que tem uma malteria, que é onde se transforma a cevada, uma das matérias-primas utilizadas na produção de cerveja, em malte, este, pode ter várias cores e devido ao seu processo de formação confere à cerveja várias tonalidades e sabores. Neste departamento, todos os dias são tratadas 180 toneladas de cevada, que se transformam em, apenas, 150 toneladas de malte. Esta perda de matéria deve-se a desperdícios como cascas, raízes, entre outros, que são aproveitados para rações de animais. A Dra. Paula Portugal referiu o lema da empresa, lei de Lavoisier “Nada se perde, tudo se transforma”, conselho importantíssimo para um técnico de gestão.
Além do malte utilizado para a produção de cerveja, também entra na sua constituição, milho, que é necessário devido ao seu amido, água, que é o principal ingrediente e lúpulo. Seguidamente, percorremos o processo de produção, seguindo o trajeto da nossa guia. Começámos pela sala da braçagem, que é onde se produz o mosto, em caldeiras a aproximadamente 100⁰C, onde se mistura, o malte e o milho moído com a água durante 8 horas. Depois o mosto é filtrado e mais uma vez existem desperdícios que também são usados em rações para animais. Após, mistura-se o lúpulo que dá o amargo à cerveja e estabiliza a espuma. Esta mistura transfere-se para tanques onde arrefece e se mistura a levedura que vai formar o álcool da cerveja. De seguida, segue para os tanques de fermentação onde fica durante cerca de 8 dias, a uma temperatura de 15⁰C. É aqui que a mistura se torna cerveja, libertando dióxido de carbono para botijas e que se utiliza na tiragem de imperiais. Segue-se uma fase de repouso, chamada guarda ou maturação, onde a cerveja fica a uma temperatura de -1⁰C, durante 10 a 15 dias, que faz com que a cerveja fique turva para prevenir a turvação posterior na garrafa. Passados estes dias a cerveja é filtrada, novamente, e fica límpida. Agora, sim, a “nossa sagres” está pronta para o engarrafamento e para o tão esperado consumo. Em Vialonga existem 6 linhas de garrafas (tara perdida e tara recuperável), 1 de latas e 1 de barril, produzindo 60 mil garrafas por hora.
Para terminar, o merecido lanche onde pudemos degustar os produtos da tão importante empresa do tecido empresarial português, quer em termos económicos quer em termos de responsabilidade social.
Vânia Lima - GES10
Supervisão: professora Beatriz Vieira