19/04/12

Visita de estudo à Central de Cervejas - Sagres

A Escola Profissional de Ourém tem o objetivo de proporcionar as melhores condições aos seus alunos para que estes possam aprender melhor e para que se sintam bem na escola e no seu curso. Com esse intuito a escola realizou, na passada quarta feira, dia 18 de abril, uma visita de estudo para os alunos do segundo e terceiro anos do curso profissional de técnico de gestão.
Os alunos, acompanhados por duas professoras da área técnica, saíram da sede da Escola Profissional de Ourém por volta das 10h30m em direção à Central de Cervejas, conhecida por Sagres, ou seja, fábrica da Vialonga.
Iniciámos a visita por volta das 14h e desde logo percebemos que ia ser interessante e divertida pois a nossa guia, Dra. Paula Portugal, deixou-nos desde logo à vontade para fazermos todas as perguntas e interrupções necessárias. Na sala onde nos recebeu encontrava-se a data da fundação da empresa, os seus presidentes executivos e algumas pessoas que foram muito importantes na história da fábrica.
De seguida visitámos uma sala, onde havia uma maquete da fábrica no seu todo e obtivemos todas as informações necessárias sobre a localização operacional da empresa. É a única do país que tem uma malteria, que é onde se transforma a cevada, uma das matérias-primas utilizadas na produção de cerveja, em malte, este, pode ter várias cores e devido ao seu processo de formação confere à cerveja várias tonalidades e sabores. Neste departamento, todos os dias são tratadas 180 toneladas de cevada, que se transformam em, apenas, 150 toneladas de malte. Esta perda de matéria deve-se a desperdícios como cascas, raízes, entre outros, que são aproveitados para rações de animais. A Dra. Paula Portugal referiu o lema da empresa, lei de Lavoisier “Nada se perde, tudo se transforma”, conselho importantíssimo para um técnico de gestão.
Além do malte utilizado para a produção de cerveja, também entra na sua constituição, milho, que é necessário devido ao seu amido, água, que é o principal ingrediente e lúpulo. Seguidamente, percorremos o processo de produção, seguindo o trajeto da nossa guia. Começámos pela sala da braçagem, que é onde se produz o mosto, em caldeiras a aproximadamente 100C, onde se mistura, o malte e o milho moído com a água durante 8 horas. Depois o mosto é filtrado e mais uma vez existem desperdícios que também são usados em rações para animais. Após, mistura-se o lúpulo que dá o amargo à cerveja e estabiliza a espuma. Esta mistura transfere-se para tanques onde arrefece e se mistura a levedura que vai formar o álcool da cerveja. De seguida, segue para os tanques de fermentação onde fica durante cerca de 8 dias, a uma temperatura de 15C. É aqui que a mistura se torna cerveja, libertando dióxido de carbono para botijas e que se utiliza na tiragem de imperiais. Segue-se uma fase de repouso, chamada guarda ou maturação, onde a cerveja fica a uma temperatura de -1C, durante 10 a 15 dias, que faz com que a cerveja fique turva para prevenir a turvação posterior na garrafa. Passados estes dias a cerveja é filtrada, novamente, e fica límpida. Agora, sim, a “nossa sagres” está pronta para o engarrafamento e para o tão esperado consumo. Em Vialonga existem 6 linhas de garrafas (tara perdida e tara recuperável), 1 de latas e 1 de barril, produzindo 60 mil garrafas por hora.

Para terminar, o merecido lanche onde pudemos degustar os produtos da tão importante empresa do tecido empresarial português, quer em termos económicos quer em termos de responsabilidade social.
 Vânia Lima - GES10
Supervisão: professora Beatriz Vieira



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